Hélice Tríplice

flexM4I > abordagens e práticas > Hélice Tríplice (versão 1.2)
Autoria: Henrique Rozenfeld (roz@usp.br)

Indicamos no tópico “informações adicionais” referências e  links para conteúdo de acesso gratuito (Wikipédia e outros) porque consideramos que são de qualidade e não queremos “reescrever a roda”.

Definição

“A Hélice Tríplice provê uma metodologia para examinar pontos fortes e fracos locais e preencher lacunas nas relações entre universidades, indústrias e governos, com vistas a desenvolver uma estratégia de inovação bem-sucedida. Identificar a fonte generativa do desenvolvimento socioeconômico baseado no conhecimento é o cerne do projeto de inovação da Hélice Tríplice para aprimorar as interações universidade-indústria-governo” (Etzkowitz & Zhou, 2017).

“A Tríplice Hélice da Inovação consiste em um paradigma de produção de inovação que deixa de ser centrado apenas na indústria e passa a se apoiar em três elementos inter relacionados: as empresas, as universidades e o governo” (AEVO, 2021).

O conceito desta abordagem foi criado e divulgado por Etzkowitz e Leydesdorff na década de 1990 a partir de uma série de artigos publicados, que os leitores da trilha avançada podem consultar na lista de referências.

Apesar do foco da flexM4I ser na empresa e não nos sistemas mais amplos de inovação, é importante conhecer a abordagem da hélice tríplice, pois ela estabelece as condições para a criação de ecossistemas de inovação. As empresas que desejam inovar precisam estar inseridas e/ou manter relações com atores de  ecossistemas de inovação.

Atores

A empresa possui vários elementos apresentados na visão sistêmica da empresa e seu ecossistema e que são detalhados ao longo de toda teoria da flexM4i.

O governo é um título amplo para representar todos órgãos públicos em todos os níveis (municipal, estadual e nacional), que podem contribuir para inovação, incluindo aqueles do ecossistema. Além disso, associamos ao governo as leis de incentivo à inovação.

As Universidades e ICTs (institutos de ciência e tecnologia) formam pessoas capacitadas e desenvolvem tecnologias e soluções:

  • das quais podem derivar startups / empresas de base tecnológica;
  • que podem resolver problemas da sociedade ou específicos das empresas.

Sinergias que o conceito de hélice tríplice traz para esses atores

A empresa pode incrementar suas capabilidades de inovação ao se envolver com as pesquisas das universidades e utilizar fontes de fomento e incentivos oferecidos pelo governo, além da relação tradicional de contratar talentos das universidades. Um ponto importante é transformar invenções criadas nas universidades em produtos e serviços.

O governo, ao criar as condições de fomento e incentivos para inovação, tanto para empresas com universidades, está cumprindo o seu papel de melhorar a educação e, principalmente, a economia de seu país, estado, região ou cidade.

As universidades, além da pesquisa básica que forma o pilar do desenvolvimentos de soluções aplicadas, podem contribuir com invenções e novos conceitos, que podem se tornar produtos e serviços, desde exista um   trabalho tripartite articulado com empresas interessadas em comercializar e com o apoio do governo para fomentar a colaboração.

Precisamos nos atentar que:

  • existe uma desconfiança entre esses atores, o que exige um esforço para superar as barreiras internas e de relacionamento
  • o tempo e ritmo de engajamento e criação das condições desses três atores são diferentes.

Universidade empreendedora

No artigo da AEVO você pode consultar quais são os pilares da universidade empreendedora, que são:

  • A liderança acadêmica deve possuir uma visão estratégica sobre a abordagem da hélice tríplice e com isso deve eliminar as barreiras existentes contra a colaboração com empresas. 
  • A autonomia da universidade deve ser mantida, apesar do trabalho colaborativo com empresas e governo.
  • A estrutura universitária deve prever áreas e responsáveis pela incubação de startups, que visam comercializar tecnologias desenvolvidas nos laboratórios; registro e licenciamento da propriedade intelectual; transferência de tecnologia e incentivo à colaboração com empresas.
  • “É preciso fomentar uma cultura empreendedora na administração, nos professores e nos alunos”.

Informações adicionais

O Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP publicou um artigo escrito por Henry Etzkowitz e Chunyan Zhou, que atualiza e sintetiza os conceitos desta abordagem.

O verbete sobre esta abordagem na Wikipédia é bem completo (praticamente uma tradução do verbete em inglês). Ele cita extensões da hélice tríplice, conhecidos como:

  • hélice quádrupla: acrescenta a sociedade civil e a mídia
  • hélice quíntupla: acrescenta ainda o ambiente natural (meio ambiente)

O blog da AEVO traz um post bem sintético sobre a hélice tríplice.

Hélice tríplice no Brasil

Adriana Ferreira de Faria, escreveu um capítulo intitulado, “Ambientes de inovação e empreendedorismo e o contexto brasileiro”, no livro “Perspectiva sobre o empreendedorismo tecnológico: da ação empreendedora aos programas de apoio e dinâmica do ecossistema” (Bagno et al., 2020), que trata da abordagem da hélice tríplice no contexto atual dos ambientes de inovação no Brasil. Ela apresenta o conceito dos parques tecnológicos, traz números sobre empreendedorismo em Minas Gerais e no Brasil e discute o marco e arcabouço  legal no Brasil, assim como as políticas institucionais de apoio à inovação. São informações que refletem a dinâmica da hélice tríplice no Brasil, apesar das dificuldades institucionais

Segundo a Adriana (Faria, 2020),

“Todo esse arcabouço legal e o conjunto de políticas públicas e institucionais [no Brasil] sinalizam maior mobilização de setores da sociedade para o fomento da ciência, tecnologia e inovação, bem como  refletem o reconhecimento da inovação como força motriz de  desenvolvimento econômico e social. O arcabouço busca trazer a  segurança jurídica necessária para a interação e o estabelecimento de parcerias entre empresas, universidades, ICTs e governos,  ou ainda, entre entes públicos e privados, o que é condição sine  qua non para a construção de um ecossistema de inovação.”

Ou seja, …

… a abordagem da Hélice Tríplice cria as condições para a construção de ecossistemas de inovação

Veja essa publicação sobre a lei da inovação e marco regulatório da inovação.

Visite a seção que mostra os atores de ecossistema e destaca a MEItools, que mapeia os instrumentos de fomento à inovação vigentes no país.

 

Publicação nacional atual

No final de 2022, foi publicado o livro

“As Hélices da Inovação: Interação Universidade-Empresa-Governo-Sociedade no Brasil”, 

pela Editora CRV, organizado por Marcelo Amaral, Andrea Aparecida Mineiro e Adriana Ferreira de Faria. O livro é uma coletânea de 17 trabalhos, de autoria de 37 pesquisadores e gestores que trabalham na área. Esses trabalhos formam os 17 capítulos do livro.

Acesso gratuito ao livro

A versão digital do livro pode ser acessada gratuitamente neste link. Inicialmente você tem de criar um usuário e  “comprar” a custo zero. Depois você terá acesso de leitura na web. Não é possível baixar a versão digital. Mas você tem a opção de comprar a versão física.

Adriana Ferreira de Faria, generosamente, enviou os seguintes arquivos para conhecimento desta publicação:

  • a apresentação do livro, escrita Marcelo do Amaral, que mostra como o livro foi criado, além de outras discussões sobre o tema
  • o sumário do livro, que mostra o título e os autores dos 17 capítulos
  • a introdução do livro, que discute sobre a percepção, difusão e aplicação da Triple Helix e uma descrição de cada um dos capítulos

Para leitores do nível de detalhamento avançado

Os editores da revista Triple Helix escreveram um editorial introdutório para um número especial sobre o assunto, que traz a visão atualizada dos conceitos desta abordagem (Cai & Amaral, 2021).

Este artigo traz uma comparação entre a hélice tríplice ou quádrupla, apresentando pontos em comum e divergências. Os autores discutem uma análise de três tendências atuais da inovação: ecossistema de inovação, sociedade baseada em conhecimento 2.0 , globalização 3.0 e inclusão de aspectos de sustentabilidade, que incluam critérios ecológicos, econômicos e sociais (Cai & Lattu, 2021). 

Os artigos de Etzkowitz e Leydesdorff listados no tópico “referências” são os clássicos sobre Hélice Tríplice e todo pesquisador de uma disciplina precisa conhecer as publicações clássicas.

fim do conteúdo de níveis básico e executivo nesta seção – retornar para o mapa da sua trilha >

O conteúdo a seguir é para os níveis de treinamento e avançado.

Localização da hélice tríplice em um contexto mais amplo

As hélices tríplice e quíntupla são bem abrangentes e elas formam um contexto para a gestão da inovação e empreendedorismo, além das perspectiva de uma empresa e seu ecossistema, que é o foco da flexM4i.

Neste tópico apresentamos uma “visão estrutural” das principais abordagens relacionadas com inovação corporativa e empreendedorismo para ilustrar as relações e superposição entre elas. Para isso, repetimos a seguir a figura da seção “Articulação entre abordagens de inovação corporativa e empreendedorismo”, destacando a abordagem relacionada com a seção atual. Para conhecer a descrição completa da figura, visite a seção de articulação citada.

Em seguida trazemos:

  • as seções da flexM4i relacionadas com inovação corporativa & empreendedorismo;
  • outras abordagens relacionadas;
  • a importância de uma visão integrada e articulada das abordagens e práticas;
  • uma discussão sobre os mecanismos e práticas relacionadas; e
  • uma discussão sobre qual mecanismo ou prática você deve implementar na sua organização.

Figura 360: ilustração das principais abordagens relacionadas com a inovação corporativa e empreendedorismo com destaque para a hélice tríplice

A hélice tríplice está colocada como pano de fundo de todas as abordagens, pois todas podem estar relacionadas.

Seções da flexM4i relacionadas com inovação corporativa & empreendedorismo

Na próxima figura você pode localizar a seção atual. Baixe aqui o mapa de conteúdo em A3 com os  links das seções ou acesse os links depois da figura.

Figura 799 - Seções da flexM4i relacionadas com inovação corporativa & empreendedorismo (clique na figura para abrir em outra aba e para poder acessar os links das seções)

ABORDAGENS

PRÁTICAS  (ordem alfabética)

Importância de uma visão integrada e articulada das abordagens e práticas

As corporações precisam inovar criando ou participando de um ecossistema de inovação e empreendedorismo e, assim, praticar a inovação aberta com a visão da hélice tríplice. E dentro deste ecossistema, as startups são as que mais inovam, pois são criadas por empreendedores na busca de disrupção. Além disso, essas pessoas acompanham os avanços tecnológicos tanto sendo pesquisadores de universidades quanto profissionais do mercado.

Estar conectado com essa realidade cria o potencial da tendência atual da inovação / empreendedorismo corporativo. Só assim essas empresas vão conseguir acompanhar o ritmo das mudanças mercadológicas e tecnológicas. A geração de novas ideias somente a partir de recursos internos não é mais viável. Demora demais.

Mas são tantas as abordagens, princípios, mecanismos e práticas que deixam as empresas com dúvidas de qual o caminho a seguir.

A conexão com startups é uma estratégia essencial na busca por inovação, e muitas empresas consideram que essa seja a única estratégia / abordagem. Mas não é a única. O contexto da inovação aberta é mais amplo, assim como o de outras abordagens relacionadas com a inovação corporativa e o empreendedorismo

O ideal é combinar as forças de cada uma dessas abordagens, seus princípios, mecanismos e práticas.

Mas a implementação dessas abordagens traz novos desafios para as empresas existentes. São desafios que discutimos no tópico “barreiras e questões” da inovação / empreendedorismo corporativo & intraempreendedorismo, que no fundo são equivalentes às barreiras contra a própria gestão da inovação. 

Este é o motivo pelo qual articulamos na flexM4i algumas abordagens e práticas, que surgiram de várias escolas e hoje precisam ser tratadas de forma integrada. A seção “Articulação entre abordagens de inovação corporativa e empreendedorismo”, como o próprio nome diz, mostra a relação entre essas abordagens, que surgiram muitas vezes de comunidades diferentes.

Mecanismos e práticas

Todos os mecanismos identificados nas abordagens de inovação corporativa e empreendedorismo podem ser aplicados no contexto da hélice tríplice.

Qual mecanismo ou prática que você deve utilizar?

Primeiramente, você deve conhecer as abordagens

Como há uma superposição entre as abordagens de inovação corporativa & empreendedorismo, uma prática pode ser enquadrada / classificada em mais de uma abordagem.

Por exemplo, qual a diferença que faz você conhecer se a prática de corporate venture capital (CVC) é uma prática de inovação aberta, de inovação corporativa, de empreendedorismo corporativo, de corporate venturing, de hélice tríplice, ou de conexão com startups?

Não importa o rótulo da abordagem que você está utilizando na sua empresa e sim quais os princípios que você está adotando e as práticas que você aplica.

Conhecer as abordagens, que se complementam, é importante para você adotar os princípios que se adequam a sua realidade. Mas o principal é identificar quais são as práticas daquela abordagem a serem aplicadas na sua empresa. Depois de identificar, você deve ...

... entender quais são os benefícios e as limitações e como implementar uma prática para você decidir se ela é a apropriada ou não para o momento e condições atuais da sua empresa (nível de maturidade atual).

Desconstruir para integrar

Assim como na proposta que fizemos com a gestão da inovação, todas abordagens precisam ser "desconstruídas" e seus princípios e práticas devem ser integrados.

Veja a discussão sobre “desconstruir” e integrar os princípios e práticas de gestão da inovação no tópico “Como articular a gestão da inovação com as demais abordagens?”. O mesmo princípio deve ser empregado no contexto das abordagens de inovação corporativa & empreendedorismo.

Defina uma estratégia

Após conhecer os mecanismos e práticas de uma abordagem, você deve estabelecer uma estratégia para implementar a prática mais apropriada em um processo evolutivo de maturidade. Lembre que a inovação é uma jornada sem fim.

Por exemplo, na definição da estratégia de conexão com startups, a corporação define as premissas de conexão com startups, ou seja, qual a tese de inovação, que vai direcionar a relação da sua empresa com startups e a aplicação das abordagens, mecanismos e práticas de inovação corporativa & empreendedorismo.

Comece a experimentar os mecanismos e práticas

Sejam eles mecanismos e práticas de inovação corporativa, empreendedorismo corporativo, gestão da inovação, inovação aberta, corporate venturing, conexão com startups, ecossistema de inovação e empreendedorismo etc., o importante é começar a experimentar os mecanismos mais simples e evoluir.

Por exemplo, sua empresa pode começar a contratar startups para realizar serviços específicos. Assim, os processos da sua empresa serão adaptados para se tornarem ágeis e alinhados com as necessidades de relacionamento com startups.

Um outro caminho seria entrar em contato com hubs / consultorias em inovação e/ou participar de um ecossistema de inovação e empreendedorismo maduro para que seus colaboradores aprendam a se relacionar com um ecossistema e aí então evoluir.

Um outro ainda seria fazer um diagnóstico de cultura de inovação. Depois de “criar” o ambiente apropriado baseado na mudança cultural obtida com algumas conexões com startups, sua empresa pode utilizar os mecanismos e práticas mais sofisticadas / complexas. 

Observe que são vários caminhos possíveis. Não existe uma regra. Se você contar com uma boa parceria de uma consultoria ou de pessoas qualificadas e experientes em conexão com startups, sua empresa irá encontrar um caminho mais apropriado de evolução.

Utilize um portfólio de mecanismos e práticas

Tanto nas práticas de inovação, como nas de empreendedorismo corporativo, além de não existir o one-size-fit-all (uma solução não serve para tudo), dentro de uma mesma empresa, para objetivos distintos, uma gama de soluções podem ser utilizadas concomitantemente. Ou seja, utilize um portfólio de mecanismos e práticas.

Por exemplo, diferentes unidades de negócio podem adotar formas distintas de colaborar com startups. Além disso, uma “área” de P&D pode estar em um grau de maturidade mais avançado e adotar outras estratégias e práticas de inovação corporativa.

A orquestração de todas essas iniciativas é importante para que a empresa possa obter o ganho da sinergia resultante da aplicação desses mecanismos e práticas.

Conheça as recomendações e por onde começar  

Como há uma grande quantidade de alternativas de práticas, conheça rapidamente as alternativas, estudando as abordagens e suas superposições (comece pela seção “Articulação entre abordagens de inovação corporativa e empreendedorismo”).

Em seguida, avalie as recomendações e por onde começar na seção “Estruturação da gestão da inovação?”.

Avalie se os conhecimentos, cultura e nível de maturidade da sua empresa em inovação permitem que você aplique a “Metodologia de adaptação dos processos aos fatores contextuais”, ou seja, a definição de uma tipologia de inovação da sua empresa e a associação de práticas (processos, metodologias, ferramentas etc.) aos tipos de inovação. 

Referências

AEVO (2021) Tríplice Hélice da Inovação: Empresas, Universidade e Governo. https://blog.aevo.com.br/triplice-helice-da-inovacao-empresas-universidades-e-governo/ (visitado em: 13/3/2022)

Bagno, R. B.; Souza, M. L. P.; Cheng, L.C. – editores (2020). Perspectivas sobre o empreendedorismo tecnológico: da ação empreendedora aos programas de apoio e dinâmica do ecossistema. Curitiba: Brasil Publishing.

Cai, Y., & Amaral, M. (2021). The Triple Helix model and the future of innovation: A reflection on the Triple Helix research Agenda. Triple Helix, 8(2), 217-229.

Cai, Y., & Lattu, A. (2021). Triple Helix or Quadruple Helix: Which Model of Innovation to Choose for Empirical Studies?. Minerva, 1-24.

Etzkowitz, H., & Leydesdorff, L. (1995). The Triple Helix–University-industry-government relations: A laboratory for knowledge based economic development. EASST review, 14(1), 14-19.

Etzkowitz, H., & Leydesdorff, L. (1997). Introduction to special issue on science policy dimensions of the Triple Helix of university-industry-government relations. science and Public Policy, 24(1), 2-5.

Etzkowitz, H., & Leydesdorff, L. (1999). The future location of research and technology transfer. The Journal of Technology Transfer, 24(2), 111-123.

Etzkowitz, H., & Leydesdorff, L. (2000). The dynamics of innovation: from National Systems and “Mode 2” to a Triple Helix of university–industry–government relations. Research policy, 29(2), 109-123.

Etzkowitz, H., & Zhou, C. (2017). Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos avançados, 31(90), 23-48. https://doi.org/10.1590/s0103-40142017.3190003 

Faria, A. F. (2020) Ambientes de inovação e empreendedorismo e o contexto brasileiro. In: Bagno, R. B.; Souza, M. L. P.; Cheng, L.C. – editores (2020). Perspectivas sobre o empreendedorismo tecnológico: da ação empreendedora aos programas de apoio e dinâmica do ecossistema. Curitiba: Brasil Publishing.26-48 

Leydesdorff, L., & Etzkowitz, H. (1996). Emergence of a Triple Helix of university—industry—government relations. Science and public policy, 23(5), 279-286.

Leydesdorff, L., & Etzkowitz, H. (1998). The triple helix as a model for innovation studies. Science and public policy, 25(3), 195-203.

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