Este storyboard foi criado por Carolina Tambara Morais (carolina.tambara.morais@usp.br).
Este é um storyboard que mostra um caso didático de aplicação da metodologia de servitização da flexM4I.
Nesta página introdutória apresentamos:
- A empresa Ultras que vai passar pela servitização e seu organograma
- Um descrição do caso: abrangência na versão atual e os personagens que participam do caso
- Um resumo da metodologia de servitização
- A estrutura do caso: link para a linha de tempo do caso e uma lista de todos os atos e cenas
A empresa – Ultras
A Ultras é uma fabricante de equipamentos de ultrassom já estabelecida no mercado nacional. Ela vende os equipamentos para clínicas de diagnóstico por imagens. Ela é uma empresa que só vende equipamentos e tem parceiros que prestam assistência técnica, quando necessário.
A Ultras já aplica algumas boas práticas de gestão de inovação, que são apresentadas ao longo do caso.
A estrutura da Ultras é tradicional, típica de uma empresa de manufatura que vende equipamentos. É uma empresa média com 300 funcionários. Na figura a seguir apresentamos uma visão geral do organograma da Ultras.
O caso
Este caso apresenta a servitização da Ultras, ou seja, um processo que transforma seu modelo de negócios de uma empresa fabricante e fornecedora de produtos para uma provedora de serviços. Este processo foi inspirado em um projeto real de servitização e baseado na metodologia de servitização do grupo EI NUMA USP.
Depois da aplicação dessa metodologia, a Ultras passa a incorporar no seu negócio novas práticas voltadas à provisão de sistemas produto-serviço.
A nova oferta a ser criada chama-se Ultrasound as a Service – USaaS.
Abrangência do caso
Este caso apresenta o processo de transição do modelo de negócios orientado à oferta de produtos para o modelo orientado à oferta integrada de produtos e serviços, desde o planejamento estratégico até o design de modelo de negócio de um sistema produto-serviço (PSS) destacando aspectos da servitização. As demais etapas da servitização serão incorporadas em uma nova versão deste storyboard, ou seja, a construção do business case, o estabelecimento de uma arquitetura integrada e o estabelecimento de um roadmap de implementação do sistema produto-serviço (PSS), como resultado da servitização.
Participantes deste caso
- CEO: Edi Power
- Diretoria: Marta Marquete (marketing), Salim Barganha (comercial), Armando Capital (financeiro), Manuel Pessoa (gestão pessoas), Roberto Factori (industrial), Celso Desenvolvo (engenharia)
- Time de roadmapping: Hélio Testa (inteligência de mercado), Pedro Cardinal (inteligência de mercado), diretoria e consultor externo convidado para mediação do roadmapping
- Time de planejamento estratégico: CEO e diretoria
- Time de planejamento do portfólio: Thais Mercado (marketing), Pedro Cardinal (inteligência de mercado), Carla Caunt (investimentos), Lidia Taime (planejamento da produção), Luiza Daliga (engenharia)
- Sponsor do projeto de servitização: Marta Marquete (diretora de marketing)
- Time inicial do projeto de servitização: Luiza Daliga (engenharia – coordenadora do projeto), Ed Marcatex (mercado), Alceu Dispor (assistência técnica), Antônio Passos (engenharia), Décio Dezaine (engenharia), Rolando Grana (controladoria), Digi Taliza (informática), Vando Tudor (vendas)
- Especialistas designados para apoiar o time de servitização com dedicação parcial: Cris Pipou (gestão de pessoas)
A metodologia de servitização
A figura abaixo apresenta os grupos de atividades da metodologia de servitização. Observe que alguns grupos se sobrepõem, pois são atividades que podem pertencer a mais de um grupo.
Como este caso é apresentado de forma sequencial e algumas atividades são realizadas paralelamente, ilustramos a seguir um guia dos grupos de atividades da metodologia, que será aplicado durante a descrição das cenas do caso.
Figura 628: visão geral temporal da realização dos grupos de atividades da metodologia de servitização
Observe na figura acima que existem os seguintes grupos de atividades:
- Premissas: atividades que toda empresa inovadora deve praticar (análise de contexto, planejamento estratégico, gestão de portfólio, gestão de mudanças e gestão de projetos). As premissas são ilustradas na figura guia porque fazem parte da descrição deste caso, entretanto é indicado que toda empresa inovadora as pratique independente da servitização. Se eventualmente uma empresa não realizar essas atividades, a metodologia de servitização indica quando elas devem ser executadas. Elas são consideradas hoje em dia como capabilidades ordinárias de uma empresa.
Por exemplo, uma empresa que não possui os processos de rastrear, monitorar e analisar o contexto, deve realizar uma análise pontual do contexto para inicial para obter as informações necessárias para realizar um projeto de servitização. - Núcleo da metodologia de servitização: atividades de inovação do modelo de negócio, detalhamento, implementação e lançamento do PSS (proposição de valor, modelo de negócio, viabilidade econômica, arquitetura integrada, design detalhado, roadmap de implementação), que devem estar associadas às atividades de gestão de mudanças durante o projeto.
- Ciclo de vida do sistema produto-serviço (PSS): atividades de operação e outras associadas aos ciclos técnico e biológico da economia circular (lançamento, operação, economia circular).
A economia circular é uma abordagem integrada à metodologia de servitização, pois:
- A economia circular tem o objetivo de dissociar a atividade econômica do consumo de recursos finitos, além de eliminar a geração de resíduos e excedentes do sistema de produção. Em outras palavras, desde o início de um projeto de servitização devemos considerar os princípios e estratégias da economia circular
- A servitização é uma das principais estratégias da economia circular
Apresentamos estes grupos de atividades durante a apresentação do storyboard.
Estrutura do caso
Este caso didático está no formato de um storyboard
- as etapas são os atos
- as atividades são as cenas
Todas as atividades estão também representadas em uma linha de tempo registrada em uma planilha Google para você observar a duração das atividades e as superposições entre elas, uma vez que a apresentação do caso é linear.
A seguir estão listados todos os atos e cenas, caso você queira pular para uma ato / cena em especial.
Porém, se você seguir as indicações, estaremos levando você de forma sequência ato por ato, cena por cena. Em todas páginas você tem a possibilidade de retornar para o ato, ao qual aquela cena pertence ou mesmo voltar para esta página.
Colocamos links em todos os conceitos adicionais que complementam os atos / cenas. Nem todos apontam para a própria flexM4I, mas aos poucos grande parte dos links indicaram conteúdos da flexM4I.
Lista de atos e cenas (com links)
Ato 1: Análise do contexto
- Consolidação dos relatórios da situação externa
- Levantamento da situação interna atual
- Análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT)
- Construção do roadmap estratégico
Ato 2: Da ideia inicial até a aprovação do projeto de servitização
- Planejamento estratégico – ideia inicial
- Planejamento estratégico – as alternativas
- Nivelamento de conhecimentos da liderança
- Dados demográficos do segmento de mercado
- Planejamento do portfólio
- Aprovação do portfólio
Ato 3: Início do projeto de servitização
- Criação da visão inicial de mudança
- Definição do perfil organizacional preliminar do time de servitização
- Compartilhamento da visão com o time de servitização
- Motivar, criar urgência, empoderar e negociar
- Definição do escopo geral do projeto – desafio do projeto
- Síntese de hipóteses e premissas
- Comunicação com stakeholders internos
- Planejamento ágil – primeira iteração
- SWOT do projeto
- Plano de risco
- Plano inicial do orçamento
Ato 4: Proposição de valor – entendimento (divergente)
- Reunião diária – atualização da primeira iteração
- Mapa de sistemas
- Identificação do ciclo de vida
- Mapa de stakeholders
- Reunião diária – atualização da primeira iteração
- Envolvimento do ecossistema
- Atualização do plano de risco e orçamento
- Reunião diária – atualização da primeira iteração
- Realização de entrevistas e observações
- Estudo documental
- Planejamento ágil – segunda iteração
- Comunicação com stakeholders
- Motivar, criar urgência, empoderar e negociar
- Personas
- Mapa de empatia
- Mapa da jornada
Ato 5: Proposição de valor – síntese dos “problemas”
- Reunião diária – atualização da primeira iteração
- Estruturação das dores
- Estruturação dos ganhos
- Compilação do ponto de vista
- Validação do ponto de vista
Ato 6: Proposição de valor – ideação e validação
- Planejamento ágil – terceira iteração
- Atualização do plano de risco e orçamento
- Comunicação com stakeholders
- Análise das estratégias de economia circular
- Motivar, criar urgência, empoderar e negociar
- Geração de ideias (ideação)
- Estruturação e síntese das ideias
- Seleção das ideias e síntese dos conceitos de alto nível
- Prototipagem e testes
- Validação das hipóteses e premissas
- Decisão – pivotar ou continuar
Ato 7: Modelo de negócio
- Planejamento ágil – quarta iteração
- Atualização do plano de risco e orçamento
- Comunicação com stakeholders
- Motivar, criar urgência, empoderar e negociar
- Revisão da proposição de valor e segmento de clientes
- Canais e relacionamento com clientes
- Fontes de receita
- Recursos principais
- Processos-chave
- Parceiros e ecossistema (outros stakeholders)
- Estrutura de custos
- Revisão das dores e ganhos
- Revisão da proposição de valor
- Prototipagem e testes
- Validação das hipóteses e premissas
- Decisão – pivotar ou continuar