Gestão da inovação
Adaptação dos processos aos fatores contextuais

flexM4I > a teoria > gestão da inovação > Adaptação dos processos aos fatores contextuais (versão 2.6)
Autoria: Henrique Rozenfeld (roz@usp.br) 

Mostra como construir um processo específico em cada caso para considerar os fatores contextuais, que incluem o tipo de inovação de acordo com os fundamentos da teoria da contingência. Direciona a uma metodologia de adaptação dos processos aos fatores contextuais, que é mais detalhada.

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Mapa do capítulo “Gestão da inovação” (clique na figura para ver uma versão em pdf)

Se desejar, acesse a descrição resumida de cada seção no tópico “Mapa deste capítulo e descrição das seções” da introdução deste capítulo.

Introdução

Com o embasamento da teoria da contingência, vimos que não existe uma lista universal e amplamente aceita de fatores contextuais, fatores de sucesso, princípios e boas práticas, que possam ser aplicados em todos os casos. Além disso, não existe uma tipologia de inovação “universal” consolidada e utilizada por todos, que possa ser utilizada para definir quais as abordagens e práticas a serem aplicadas.

Nota: só se forem práticas tão genéricas, que não indicam muito como implementar, como por exemplo, a liderança e a cultura devem ser alinhadas com os objetivos da inovação. Essa prática é um consenso entre todos. Mas, e aí? Serve para alguma coisa essa prática? É uma prática ou o seu nível de abstração é tão elevado que é uma diretriz? Leia mais sobre isso no tópico “Existem fatores de sucesso universais?”.

Apesar de óbvio, muitas empresas ainda possuem processos únicos para realizar todos os tipos de inovação.

Atualmente, o termo em inglês ”tailoring” está sendo utilizado para conotar a adaptação de processos para adequá-los aos fatores contextuais. Na flexM4i iremos adotar indiferentemente os termos tailoring, adaptar, customizar e estruturar.

A prática de tailoring serve

  1. tanto no caso da adaptação de modelos de referência, metodologias etc. para estruturar (configurar) os processos da empresa
  2. como no caso da adaptação dos processos de inovação da empresa para a especificação / planejamento de um projeto específico de inovação.

O primeiro caso é tratado na última seção deste capítulo “Estruturação da gestão da inovação”.

Os processos das rotinas repetitivas (como, por exemplo, o processo de compras), que não são realizados por meio de projetos, normalmente não são adaptados. As rotinas, muitas vezes, estão associadas a workflows, que já preveem as possíveis variações do processo (como no exemplo do processo de compras; seu workflow passa por sequências distintas de pessoas para aprovação conforme o valor da compra).

​A razão da existência da gestão contextual da inovação é a necessidade de se selecionar e ajustar os princípios e as práticas de inovação ao contexto da inovação, ou seja, aos fatores contextuais e ao tipo de inovação. Na verdade, toda gestão da inovação deve ser contextual. Mas preparamos essa seção para enfatizar esses princípios, que sugerimos que sejam integrados às práticas de gestão da inovação.

Toda gestão da inovação deve ser contextual, ou seja, considerar os fatores contextuais, que incluem a tipologia de inovação

Partes desta seção foram inspiradas no livro de van der Duin, P., & Ortt, R. (2020): “Contextual Innovation Management: Adapting Innovation Processes to Different Situations”.

A adaptação dos processos aos fatores contextuais utiliza os fundamentos da teoria da contingência, principalmente da vertente que argumenta que os fatores de sucesso e as boas práticas podem ser combinados em uma configuração de práticas. Essa combinação depende do contexto, ou seja, dos fatores contextuais. Isso porque não existe um conjunto único de fatores de sucesso que explica ou serve para “prescrever” como se deve realizar a gestão da inovação. A gestão contextual da inovação, assim como a adaptação dos processos aos fatores contextuais, baseiam-se na noção de que o mundo dos negócios não é um sistema fechado; ele é aberto e muda com o tempo.

Não confunda fatores de sucesso com fatores contextuais

  • Fatores de sucesso, que incluem abordagens e boas práticas, podem garantir um sucesso da gestão da inovação para um determinado tipo de inovação (como a aplicação da gestão ágil de projetos para inovações com muita incerteza, por exemplo).
  • Fatores contextuais descrevem as características do contexto da empresa, que podem incluir um fator de sucesso. (como a localização de uma empresa é um fator contextual e pode ser considerado um fator de sucesso, se a localização permitir que se tenha um custo baixo de logística para entregar os produtos aos distribuidores ou clientes).

Apesar do viés nos processos …

Um dos aspectos centrais da consideração do contexto, seguindo os fundamentos da teoria da contingência, é a capabilidade que a empresa deve ter em adaptar os processos de inovação ao fatores contextuais (que incluem os tipos de projeto) a cada projeto de inovação.

Apesar de tratarmos aqui de processos (lembre que a inovação é composta por mais de um processo), eles relacionam-se com as práticas de outras perspectivas de uma empresa e seu ecossistema, como ilustra a próxima figura.

Figura 014: relação dos processos de inovação com as outras perspectivas da empresa e seu ecossistema.

A interligação da perspectiva de processo com as outras perspectivas considera as seguintes questões:

  • por que os processos são realizados? para atender ao propósitos e às estratégias
  • para quem? mercado, stakeholders, com foco nos clientes
  • o que resulta dos processos? proposição de valor (produtos e serviços) para atingir os objetivos alinhados com as estratégias, que são orientadas pelo propósito.
  • como saber se deu certo ou não? por meio dos indicadores de resultados (OKR) e desempenho (KPI) para atingir as estratégias de inovação
  • quem realiza o processo? pessoas alocadas em uma organização, que possui áreas responsáveis pelos processos, envolvendo o ecossistema
  • como? aplicando abordagens, métodos e ferramentas nos projetos e iniciativas, estruturadas em portfólios. Os processos são referências para a execução dos projetos.
  • com quais meios? utilizando recursos e tecnologia
  • como são controlados? pelos padrões financeiros e jurídicos (governança)

A seguir vamos focar em abordagens e práticas dos processos de inovação, mas você não pode perder a visão sistêmica das implicações desses elementos sobre abordagens de práticas das outras perspectivas, pois elas estão relacionadas.

A adaptação dos processos é baseada na percepção das pessoas

As diferentes percepções dos funcionários envolvidos com a gestão da inovação desempenham um papel importante. Esse fato resulta em várias visões sobre como a organização deve adequar os processos e práticas de inovação ao contexto.

Ou seja, a criação de uma “relação” entre os fatores contextuais e as práticas de gestão da inovação é subjetiva e depende dos repertórios das pessoas e da cultura organizacional, que são outros fatores contextuais.

A realidade é multidimensional, pois as pessoas possuem posições / cargos diferentes, o que causa interpretações distintas de diversos aspectos da realidade.

A gestão contextual da inovação é baseada na percepção que as pessoas têm da realidade, que direcionam as decisões de como inovar.

Repetimos: não existe um conjunto único, amplamente aceito e consolidado de práticas de gestão da inovação. A adaptação dos processos aos fatores contextuais deve ser flexível para que ela consiga acompanhar as mudanças do contexto que é dinâmico e está em constante mudança. Recorde o tópico “Contexto é dinâmico e exige que práticas mudem”.

Grupos de atividades de adaptação dos processos aos fatores contextuais

As atividades da metodologia de adaptação dos processos aos fatores contextuais proposta pela flexM4i estão estruturadas em três grupos (veja próxima figura).

Figura 574: grupos de atividades da implementação da adaptação dos processos aos fatores contextuais

Este tópico foi inspirado no livro de van der Duin & Ortt (2020): “Contextual Innovation Management: Adapting Innovation Processes to Different Situations”.

A metodologia de adaptação dos processos de inovação aos fatores contextuais, que apresentamos, é uma variação da proposta do livro de van der Duin & Ortt.

Grupo 1. Preparação para a adaptação dos processos aos fatores contextuais, que corresponde ao inovar “como inovar” (na perspectiva de processos) para casos recorrentes, ou seja, estabelece quais os processos e práticas devem ser utilizados de acordo com os fatores contextuais e a um tipo de projeto. As atividades deste grupo ocorrem com baixa frequência e incluem:

  • 1.1. selecionar e classificar os fatores contextuais relevantes
  • 1.2. criar uma tipologia de inovação específica para a empresa
  • 1.3. selecionar e implementar os processos e práticas necessárias para inovação
  • 1.4. associar os processos e práticas aos fatores contextuais e a determinados tipos de inovação
  • 1.5. determinar regras de adaptação desses processos e práticas

Grupo 2: Planejamento e execução dos projeto, que é quando selecionamos como iremos inovar em um projeto específico e em seguida executamos o projeto de inovação. A frequência de ocorrência corresponde à realização de cada projeto de inovação, ou seja, pode ser elevada (se sua empresa realizar muitos projetos). As principais atividades deste grupo, inseridas em um fluxo de inovação são:

  • 2.1. Caracterizar a inovação (definir o tipo de projeto) 
  • 2.2. Avaliar as capabilidades da empresa
  • 2.3. Selecionar e adaptar o processo e/ou as práticas
  • 2.4. Executar o projeto de inovação (aplicar os processos e práticas)
O planejamento de um projeto de inovação contém atividades de outras categorias, que não são tratadas neste tópico, pois focamos somente na adaptação dos processos e práticas aos fatores contextuais.

Grupo 3: Aprendizado (durante o planejamento e execução) e atualização (de tempos em tempos) da sistemática de adaptação dos processos aos fatores contextuais.

Denominamos de grupos de atividades e não de etapas ou fases porque a sequência de ocorrência das atividades desses grupos não é síncrona. Nem todas as atividades do grupo 1 são realizadas dentro de uma sequência, como apresentamos mais adiante, mas a frequência de execução é baixa. Não se cria sempre uma nova estrutura e regras para a adaptação dos processos aos fatores contextuais.

As atividades do grupo 2 podem ocorrer várias vezes até que as atividades do grupo 1 sejam novamente realizadas.

As atividades do grupo 3 não ocorrem em sequência. O aprendizado ocorre durante a execução, mas a atualização só ocorre esporadicamente e corresponde às atividades do grupo 1. A flecha colocada na figura anterior indica que um grupo de atividade só ocorre porque o outro ocorreu anteriormente, mas de forma assíncrona, ad hoc.

As atividades deste tópico são realizadas  a partir do ponto em que estão definidos os desafios, oportunidades e ideias.

Como mostrado no capítulo da lógica da inovação, a inovação começa a ocorrer bem antes, com o monitoramento do mercado, definição de estratégias, identificação de ideias etc.

A descrição dessas atividades está no tópico “detalhamento das atividades” da “metodologia de adaptação dos processos aos fatores contextuais”.

E em inovações com muitas incertezas?

Quando uma inovação estiver associada a muitas  incertezas (tipo de inovação mais radical), não se consegue definir todas as possíveis práticas a priori. Os primeiros projetos são exploratórios. Nesses casos (para esses tipos), seguir um processo rígido e detalhado engessa a criatividade. As práticas a serem utilizadas dependem do repertório das pessoas, não devem ser prescritas e o processo deve ser bem flexível e nada detalhado.

Como diferenciar se o processo é rígido ou flexível?

Inovações são realizadas por meio de projetos. Um processo de inovação, na sua empresa, serve de referência para se definir um projeto.

Se o processo prescrever atividades em detalhes, com entradas e saídas definidas, assim como métodos e ferramentas a serem utilizadas e, ainda, definir fases e critérios de aprovação dessas fases, esse processo é rígido. É típico de alguns processos de governança  (processos operacionais) e no caso de inovações incrementais sem a aplicação de novas tecnologias.

Processos deste tipo (rígidos) podem definir as fases de detalhamento de um projeto inovador. É quando o conceito das ofertas e modelo de negócio já estão definidos e necessita-se da disciplina de um processo para não se esquecer das atividades que devem ser realizadas. Isso é típico de setores regulados.

Por exemplo, as fases de estudos clínicos no setor de fármacos

Um processo mais flexível define somente atividades de alto nível, que podem ser executadas ou não, mas é baseado em princípios e pode oferecer um conjunto de métodos e ferramentas (toolbox) a ser utilizado. Nesse caso, o repertório de quem vai realizar o projeto é determinante para o sucesso do projeto (entre outros fatores contextuais).

Além disso, para lidar com incertezas, considere utilizar alguma metodologia de gestão de riscos.

Consulte a abordagem de gestão de riscos da inovação.

Caso as inovações resultem em um novo design dominante, novo modelo de negócio, uma nova plataforma, ou uma nova tecnologia, essas inovações são incorporadas ao contexto da empresa e tornam-se novos fatores contextuais.

Leia mais sobre isso no tópico “Iniciativas de inovação podem transformar / atualizar os fatores contextuais” da seção de fatores contextuais do capítulo “Fatores contextuais e tipologias de inovação”

 

Premissas da gestão contextual da inovação

A aplicação da gestão contextual da inovação possui as seguintes premissas:

  • as empresas não podem influenciar o seu contexto, mas devem ser capazes de se adaptar.  Porém, segundo Reeves et al. (2015), algumas empresas conseguem influenciar e mudar o seu contexto externo, quando ele for maleável ou no caso de inovações disruptivas de modelo de negócio, como Uber e Airbnb, que mudaram os setores em que atuam. 
  • as empresas são capazes de decidir em qual contexto (mercado) elas desejam competir;
  • devem existir “graus de liberdade” para uma empresa se mover de um contexto para outro (essa liberdade tem limites, pois nem todas empresas conseguem atuar facilmente em outro setor, sem adquirir outra empresa);
  • cada unidade organizacional (área, departamento, unidade de negócio) pode decidir como configurar / estruturar seus processos de inovação (parte essencial da gestão da inovação). Isso não seria possível em uma organização centralizada (fator contextual);
  • algumas funções como finanças, gestão de pessoas, TIC e marketing podem continuar centralizadas para permitir o compartilhamento de recursos;
  • o contexto do negócio deve ser suficientemente estável pelo menos durante o tempo de desenvolvimento de uma inovação;
  •  o contexto da empresa deve ser de tal forma diverso para que existam diferentes opções de estruturação da gestão da inovação. Uma empresa de um tipo de produto, que compete no mesmo setor em um mercado certo e estável, pode inovar usando as mesmas práticas de inovação durante um longo período. Ela não precisa aplicar a adaptação dos processos aos fatores contextuais para ajustar seus processos e práticas às diferenças do contexto, pois ele não tem variações. Lógico que com o tempo o contexto pode mudar, mas aí a empresa evolui por meio de um projeto de inovação sem considerar a adaptação dos processos aos fatores contextuais;
  • a adaptação dos processos aos fatores contextuais (próxima seção) é aplicada na realização de cada um dos projetos de inovação, ou seja, os fatores contextuais (que variam de projeto a projeto, se for o caso) definem um conjunto de práticas, que serão, portanto, usadas em projetos específicos do mesmo tipo. É como se  a gestão da inovação já tivesse um conjunto de peças de lego (building blocks), composto por práticas, que seriam combinadas para execução de um tipo específico de projeto.

Gestão da inovação na flexM4i é mais ampla do que a adaptação dos processos aos fatores contextuais

Na estruturação da gestão da inovação proposta pela flexM4i, enfatizamos que as questões e perspectivas da empresa e seu ecossistema devem ser consideradas. Elas vão além das questões diretamente relacionadas aos processos de inovação, que é o foco da “adaptação dos processos aos fatores contextuais” (veja a ilustração abaixo).

Figura 563: adaptação dos processos aos fatores contextuais é parte da estruturação da gestão da inovação

A metodologia apresentada, baseada na proposta de van der Duin & Ortt (2020), tem um viés de processos, depois que ideias, desafios e oportunidades já tiverem sido identificados. Também não trata de atividades de outros processos, tais como, de gestão do ecossistema, planejamento da inovação, gestão de portfólio, gestão dos processos de apoio.

A adaptação dos processos aos fatores contextuais está relacionada com a categoria “desenvolver” do contexto mais amplo do framework de categorias de processos, apresentado no capítulo “lógica da inovação”,  como ilustra a próxima figura.

Figura 865: localização da adaptação dos processos aos fatores contextuais dentro do framework de categorias de processos da lógica da inovação da flexM4i (clique na figura para aumentá-la).

Para conhecer o framework de categorias de processos da flexM4i, consulte o capítulo “lógica da inovação

A adaptação dos processos aos fatores contextuais está limitada ao planejamento de um projeto de inovação, e a preparação da adaptação dos processos aos fatores contextuais é um projeto particular.

O aprendizado durante a execução de um projeto pode utilizar práticas de gestão do conhecimento.

Lógico que para operacionalizar um processo, temos de ter pessoas capacitadas, um ambiente e cultura apropriados, recursos e tecnologia que permitam realizar as atividades dos processos de inovação etc.

A estruturação da gestão da inovação na flexM4i deve incorporar os princípios da proposta da adaptação dos processos aos fatores contextuais.

Lembre que usamos como sinônimos os termos estruturação e configuração da gestão da inovação.

Referências

Essas referências estão relacionadas a todo o conteúdo do capítulo “gestão da inovação” e não serão divididas por seção ou página na web. Em todas as páginas deste capítulo repetimos a mesma lista de referências.

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