Boas práticas da conexão com startups
flexM4I > abordagens e práticas > Boas práticas da conexão com startups (versão 1.0)
Autoria: Henrique Rozenfeld ([email protected]) com apoio do chatGPT (leia mais)
Conteúdo desta página
- 1 Introdução
- 2 Aplicação do checklist
- 3 Material de apoio
- 4 Categorias das práticas
- 5 Estratégia e governança para conexão com startups
- 5.1 Participação da alta liderança no processo de definições estratégicas de conexão com startups
- 5.2 Treinamento da alta liderança
- 5.3 Incorporar a inovação aberta com startups no planejamento estratégico
- 5.4 Estabelecer governança objetiva e sponsors para inovação aberta com startups
- 5.5 Incentivar a liderança a disseminar a cultura de inovação com startups
- 6 Processos e estrutura para viabilização das conexões
- 6.1 Definir e facilitar a adequação a requisitos técnicos, regulatórios e de integração
- 6.2 Política de propriedade intelectual
- 6.3 Adaptar os processos
- 6.4 Definir e otimizar fluxos ágeis para conexão com startups
- 6.5 Dimensionar, planejar e definir apoio financeiro e operacional para startups
- 6.6 Definir um NDA Startup-Friendly
- 6.7 Implementar um processo de onboarding estruturado para startups
- 7 Interação com o ecossistema de startups
- 8 Capacitação e engajamento interno
- 9 Definir ideias, desafios e o portfólio de ações para startups
- 10 Prospecção e seleção de startups
- 11 Execução e acompanhamento de projetos com startups
- 11.1 Planejar a execução ágil de projetos com startups
- 11.2 Promover a construção conjunta e alinhamento de expectativas com startups
- 11.3 Ambiente de testes
- 11.4 Negociar propriedade intelectual de forma equilibrada e amigável
- 11.5 Garantir acompanhamento contínuo, comunicação eficiente e flexibilidade nos prazos com startups (para a POC e piloto)
- 11.6 Formalizar contratos e condições financeiras para startups
- 11.7 Planejar e gerenciar a escalabilidade da solução com a startup
- 11.8 Analisar riscos em projetos de conexão com startups
- 11.9 Análise de operacionalização e viabilidade de resultados (para a implementação)
- 11.10 Assegurar agilidade e estrutura na contratação após a prova de conceito
- 12 Avaliação, aprendizado e melhoria contínua nas conexões
- 12.1 Disseminar cases de inovação aberta com startups
- 12.2 Valorizar a experiência e aprendizado do ciclo Lean Startup
- 12.3 Realizar uma análise ampla da parceria e seus aprendizados
- 12.4 Desenvolver indicadores-chave de desempenho (KPIs) para avaliar o impacto estratégico
- 12.5 Fortalecer o relacionamento de longo prazo com startups
- 12.6 Estabelecer uma estratégia clara de saída para parcerias com startups
- 13 Procedimento e apoio do chatGPT
- 14 Referências
Introdução
Esta seção está articulada com outras duas seções ilustradas na próxima figura e é um detalhamento da seção principal da “Conexão empresa-startup”.
Figura 1280: ilustração das seções relacionadas com a conexão empresa – startup: a seção “Conexão empresa-startup” da perspectiva de uma empresa estabelecida; a seção que apresenta um exemplo de uma “Metodologia para conexão com startups”; e a seção com a compilação de “Boas práticas da conexão com startups” (se você clicar nesta figura, você pode baixar um pdf com os links para as três seções)
Recomendamos que você leia antes a seção principal sobre conexão empresa-startup. |
De certa forma, essas boas práticas detalham com profundidade as recomendações apresentadas da seção principal sobre conexão empresa-startup, que tinham sido introdutórias. As práticas trazem a perspectiva de uma empresa estabelecida.
Barreiras versus boas práticas Você pode observar que algumas boas práticas são a negação das barreiras. Porém, existem muitas práticas adicionais. |
Essas boas práticas foram adaptadas das práticas listadas nos guias da ABDI (2018) e (Softex, 2022), completadas por experiências coletadas pelo autor desta seção e que ainda serão validadas por pessoas que realizaram conexões com startups. No tópico “Procedimentos e apoio do chatGPT” explicamos em maiores detalhes qual foi o processo para se chegar nessas práticas.
As boas práticas podem ser usadas de forma independente …
… ou em conjunto com a metodologia para conexão com startups, que é um exemplo de uma possível metodologia.
As categorias e os títulos das boas práticas estão documentadas em um checklist. No entanto, para o seu entendimento, recomendamos que você acesse a descrição e os benefícios das práticas, descritos nos próximos tópicos.
Acesse o checklist no material de apoio. Você pode imprimir esta seção clicando no ícone da impressora🖨️ do lado direito no menu superior. |
Aplicação do checklist
O checklist de boas práticas pode ser utilizado de forma independente.
Você pode usar o checklist de duas formas:
- verificar se a prática está presente na sua empresa ou não
- avaliar o nível de prontidão da sua empresa com relação às práticas
Verificar se a prática está presente na sua empresa ou não
Simplesmente passe pela lista de práticas e avalie se ela está presente na sua empresa.
Avaliar o nível de prontidão da sua empresa com relação às práticas
Segundo o nosso glossário,”Nível de prontidão é uma medida do estado de prontidão de uma organização, área ou sistema, representada por diferentes graus de preparação para implementar, aplicar ou aprimorar atividades, projetos, processos, práticas, métodos ou ferramentas. Ele reflete a capabilidade da organização, que pode incluir recursos, processos e competências disponíveis, para alcançar os resultados esperados.”
No nosso caso, ele mede se a empresa está “pronta” para se conectar com startups. A premissa é que se a empresa executar as melhores práticas, ela é capaz de se conectar com startups.
Cada empresa é uma e possui fatores contextuais específicos. Por este motivo não prescrevemos quais práticas uma empresa deve aplicar para se considerar capaz de se conectar com startups. Assim, o checklist permite que você não considere alguma prática.
Esta postura está alinhada com o mote da flexM4i: “Não prescrevemos um caminho. Você configura a melhor alternativa.”
Os níveis de prontidão com relação às práticas, que se encontram no checklist são mostrados na próxima figura.
Figura 1283: escala de níveis de prontidão das práticas de conexão com startups
Para cada prática do checklist você pode selecionar qual o seu nível de prontidão, como ilustra a próxima figura, extraída do checklist.
Figura 1284: exemplo de seleção de um nível de prontidão para uma prática de conexão com startup
Na figura anterior, podemos selecionar o nível de prontidão para a prática de “Participação da alta liderança no processo de definições estratégicas de conexão com startups”. Devemos fazer isso após ler a descrição da prática e avaliar se ela ocorre na empresa. Então devemos selecionar uma das opções de níveis de prontidão, mostrados nas duas figuras anteriores.
Após definir os níveis de prontidão para todas as práticas, a planilha mostra graficamente como está a prontidão da empresa no geral.
Figura 1285: recorte de um trecho da planilha do checklist de boas práticas preenchido com os níveis de prontidão das prática (baixe a planilha do exemplo para enxergar melhor)
O valor médio de cada categoria não é muito significativo, pois uma prática com valor alto pode compensar outra com valor baixo. Mas ele dá uma noção se as práticas estão sendo empregadas com qual nível de prontidão. O correto é analisar prática por prática e não o valor da categoria.
Acesse o checklist no material de apoio. |
Material de apoio
O material de apoio é a planilha MF.MAP0068 – Checklists – conexao com startups, que contém 3 checklists:
- checklist das barreiras à conexão com startups
- checklist da metodologia para conexão com startups
- checklist das boas práticas da conexão com startups
Somente o terceiro checklist está relacionado com a seção atual, os outros dois estão relacionados com as seções “Conexão empresa-startup” e “Metodologia conexão com startups”.
Como este checklist das boas práticas tem a opção de se mensurar o nível de prontidão da empresa com relação às práticas (explicado no tópico anterior “Aplicação do checklist”) trazemos um exemplo de um checklist preenchido na planilha MF.MAP0069-checklists-conexao-com-startups-exemplo.
Categorias das práticas
As práticas foram classificadas nas categorias ilustradas na próxima figura.
Figura 1282: categorias das práticas de conexão com startups
As categorias das caixas mais claras criam as condições para a realização de um projeto de conexão. As categorias nas flechas de cor mais escura são aquelas que devem ser consideradas na realização de uma conexão específica.
Os próximos tópicos apresentam as categorias, e dentro de cada uma há:
- a descrição da categoria e
- a lista de práticas.
Cada prática é descrita em tópicos, seguidos dos benefícios da prática.
Estratégia e governança para conexão com startups
Esta categoria aborda a estruturação estratégica da conexão com startups, com práticas que garantem o alinhamento com os objetivos corporativos e o engajamento da alta liderança. Foca em criar uma base sólida para a governança e para a tomada de decisões, assegurando comprometimento organizacional e legitimidade para as iniciativas.
Participação da alta liderança no processo de definições estratégicas de conexão com startups
- Envolver a alta liderança na definição de estratégias formais para inovação aberta, com foco na conexão com startups, orçamento e táticas.
- Garantir que a alta liderança esteja consciente sobre a importância da conexão com startups e do impacto estratégico dessa relação para a empresa.
Benefícios: Garante o apoio da alta liderança; promove alinhamento estratégico, entendimento da relação com startups e reconhecimento dos benefícios para a empresa; reforça o comprometimento organizacional e dá legitimidade ao processo.
Treinamento da alta liderança
- Oferecer treinamento gerencial à alta liderança para que ela entenda o potencial das novas tecnologias envolvidas no trabalho com startups.
- Atualizar os líderes sobre a velocidade de lançamento e adoção de novas tecnologias, garantindo que estejam preparados para apoiar e liderar iniciativas inovadoras.
Benefícios: Melhora a consciência da alta liderança sobre a importância de se aplicar uma determinada tecnologia e aumenta a motivação para apoiar as iniciativas de projetos de inovação com a conexão com startups.
Incorporar a inovação aberta com startups no planejamento estratégico
- Formalizar a conexão com startups como parte da visão de inovação da empresa.
- Integrar objetivos específicos de conexão com startups nos indicadores-chave de desempenho (KPIs) do planejamento estratégico, garantindo que os resultados sejam acompanhados e alinhados às metas gerais da empresa.
Benefícios: Assegura alinhamento estratégico e foco nas prioridades do negócio.
Estabelecer governança objetiva e sponsors para inovação aberta com startups
- Designar responsáveis e criar grupos, como os sponsors, para acompanhar e apoiar projetos com startups.
- Garantir que os sponsors tenham autonomia para tomar decisões sobre o desenvolvimento da colaboração com startups em projetos específicos.
- Capacitar os sponsors e, quando aplicável, a alta liderança nas práticas de inovação aberta com startups e no uso de novas tecnologias.
Benefícios: Proporciona supervisão efetiva, agilidade nas decisões, destrava limitações burocráticas e dissemina a cultura de inovação aberta com startups nas suas áreas.
Incentivar a liderança a disseminar a cultura de inovação com startups
- Promover o engajamento ativo dos líderes como defensores da inovação aberta com startups, incentivando-os a participar de eventos de inovação, apoiar iniciativas internas e compartilhar cases de sucesso dentro da organização.
- Desenvolver programas de sensibilização e treinamento para líderes, capacitando-os a compreender os benefícios estratégicos de trabalhar com startups e a se tornarem porta-vozes dessa cultura.
Benefícios: Amplia a adesão cultural, fortalece a credibilidade das iniciativas de inovação e inspira os colaboradores a se engajarem no ecossistema de startups.
Processos e estrutura para viabilização das conexões
Aqui estão práticas que ajustam os processos internos e estruturam elementos fundamentais para facilitar a integração com startups. O objetivo é criar um ambiente operacional eficiente e acessível, reduzindo barreiras burocráticas, técnicas e administrativas que possam inviabilizar parcerias.
Definir e facilitar a adequação a requisitos técnicos, regulatórios e de integração
- Desenvolver e compartilhar uma lista de requisitos técnicos alinhados às necessidades do setor, da empresa, normas de segurança e regulamentos aplicáveis, como LGPD e segurança da informação.
- Criar um manual de apoio para startups, explicando os processos internos, os documentos necessários e os passos para torná-las fornecedoras ou parceiras da empresa.
- Oferecer suporte prático para que startups atendam às exigências técnicas, regulatórias e administrativas, incluindo tutoriais, instruções claras e priorização de demandas pela equipe de suporte.
- Durante a POC, facilitar o acesso a recursos essenciais, como rede corporativa, bases de dados anonimizadas e softwares não homologados, promovendo ajustes contínuos conforme necessário.
Benefícios: Reduz barreiras técnicas, regulatórias e burocráticas, acelera o processo de integração, promove um ambiente de colaboração eficiente e adequa as soluções às exigências corporativas.
Política de propriedade intelectual
- Desenvolver uma política própria de propriedade intelectual que contemple a inovação interna e aberta, identificando objetivos e condições adequados para os projetos.
- Definir regras claras sobre a titularidade de propriedade intelectual resultante das colaborações, estabelecendo limites para direitos exclusivos e compartilhados entre a empresa e startups.
Benefícios: Proporciona clareza jurídica e alinhamento estratégico, reduzindo conflitos relacionados à PI.
Adaptar os processos
- Simplificar processos internos, como compras, pagamentos e exigências legais, para evitar que startups enfrentem obstáculos desnecessários.
- Garantir prazos de pagamento curtos (até 30 dias) e dispensar exigências incompatíveis, como apresentação de balanços financeiros antigos ou cotações comparativas complexas.
- Reduzir custos legais e burocracia simplificando contratos e NDAs, promovendo maior viabilidade para startups.
Benefícios: Promove agilidade e acessibilidade, evita barreiras administrativas que prejudicam startups e facilita a integração com processos internos da empresa.
Definir e otimizar fluxos ágeis para conexão com startups
- Criar fluxos operacionais flexíveis e adaptáveis que contemplem etapas como prospecção, seleção, POC, piloto e expansão, garantindo agilidade e clareza.
- Incorporar boas práticas e insights de benchmarking, analisando outros programas de inovação aberta e adaptando ideias eficazes à realidade interna.
- Realizar revisões periódicas dos fluxos para promover melhorias contínuas, simplificando processos operacionais e reduzindo gargalos.
Benefícios: Melhora a eficiência e agilidade nos processos de conexão, reduz gargalos e barreiras operacionais, e cria um fluxo operacional claro e consistente para inovação aberta.
Dimensionar, planejar e definir apoio financeiro e operacional para startups
- Reservar orçamento específico para financiar POCs, pilotos e investimentos em startups, garantindo clareza e comprometimento desde o início.
- Planejar a disponibilidade de recursos humanos, materiais e infraestrutura de forma alinhada com os objetivos das iniciativas e as demandas específicas das startups.
- Estabelecer critérios claros para a alocação de recursos, considerando o estágio de maturidade das startups e as necessidades específicas de cada projeto.
Benefícios: Garante suporte financeiro e operacional adequado, assegura a continuidade das iniciativas de inovação aberta, promove confiança no processo e cria um ambiente colaborativo com recursos alinhados às necessidades das startups.
Definir um NDA Startup-Friendly
- Elaborar acordos de confidencialidade (NDAs) objetivos, bilaterais ou unilaterais, para proteger informações e promover transparência.
- Simplificar os NDAs para evitar burocracias excessivas que possam criar barreiras e afastar startups.
Benefícios: Facilita a cooperação inicial, protegendo dados e informações sensíveis.
Implementar um processo de onboarding estruturado para startups
- Receber startups com um processo de onboarding estruturado, que inclua uma apresentação completa da empresa, visitas técnicas e interação com as equipes participantes.
- Fornecer um kit de onboarding contendo informações sobre processos, contatos, documentos necessários (como NDAs e acordos de cooperação), regras de comunicação, acompanhamento e critérios para avaliação da parceria e da prova de conceito.
Benefícios: Promove integração e confiança entre empresa e startup, reduz o tempo necessário para alinhamento, melhora a colaboração e aumenta a eficiência no desenvolvimento e entrega da solução.
Interação com o ecossistema de startups
Esta categoria reúne práticas que promovem a conexão da empresa com o ecossistema de inovação, incluindo hubs, consultorias e redes de startups. A interação estratégica fortalece a presença da empresa nesse ambiente, aumentando a exposição a novas oportunidades e ampliando a rede de contatos e aprendizado.
Participação ativa e estratégica no ecossistema de inovação
- Engajar a empresa de forma ativa em eventos, atividades e interações com startups e demais atores do ecossistema de inovação, como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento, investidores e hubs de inovação.
- Abrir-se para trabalhar com startups em estágio inicial, acelerando a exposição da marca, o acúmulo de experiência em inovação aberta, o refinamento de processos e a credibilidade no mercado.
Benefícios: Amplia o acesso a inovações, promove aprendizado contínuo, reforça a credibilidade da empresa e gera conexões valiosas com atores relevantes do ecossistema.
Aproveitar parcerias e know-how de programas, hubs e consultorias especializadas
- Estabelecer parcerias com programas de inovação, hubs, consultorias ou outras instituições especializadas no ecossistema de startups, para obter expertise, fomento financeiro e acompanhamento técnico.
- Utilizar o know-how desses parceiros para qualificar processos internos e acelerar o aprendizado em inovação aberta, promovendo boas práticas e integração com o ecossistema.
- Explorar benefícios como acesso a redes de contatos, redução de riscos e maior visibilidade da empresa no ecossistema de inovação.
Benefícios: Fortalece a integração com o ecossistema, reduz riscos e custos internos, amplia redes de contatos e boas práticas, e acelera o aprendizado organizacional em conexões com startups.
Capacitação e engajamento interno
Esta categoria trata do desenvolvimento de competências e do engajamento das equipes internas, promovendo uma cultura de inovação colaborativa. As práticas aqui garantem que as equipes estejam preparadas para interagir com startups e aproveitar ao máximo as oportunidades de inovação.
Contratar pessoas com mindset empreendedor
- Buscar, selecionar e contratar pessoas entusiastas e empreendedoras para integrar a equipe, garantindo que elas inspirem e promovam o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora entre os colaboradores existentes.
- Criar estratégias para identificar profissionais com perfil empreendedor, como processos seletivos que incluam resolução de problemas reais, dinâmicas colaborativas e avaliação de habilidades de liderança e inovação.
Benefícios: Fortalece a cultura de inovação, impulsiona a criatividade e fomenta um ambiente de trabalho orientado à iniciativa e à experimentação.
Promover capacitação contínua
- Garantir que as equipes sejam treinadas em metodologias de inovação, tecnologias emergentes e práticas de colaboração com startups.
- Certificar-se de que haverá alguém com habilidades técnicas envolvido na conversa com as startups e disponível para ajudar no processo e levantamento de requisitos.
Benefícios: Aumenta a competência técnica, fortalece a cultura de inovação e cria condições para a agilidade na execução da iniciativa.
Capacitação e aculturamento interno
- Treinar colaboradores para práticas e cultura de startups, preparando-os para colaborar de forma eficaz em projetos de inovação aberta.
- Incentivar a participação dos colaboradores em eventos de inovação e empreendedorismo, promovendo o engajamento com o ecossistema de startups.
Benefícios: Promove integração e eficiência na execução da solução.
Envolver e engajar áreas internas para o trabalho com startups
- Garantir o envolvimento das áreas-cliente e áreas-suporte no processo de busca, seleção e implementação de soluções trazidas por startups.
- Promover capacitações e dinâmicas para aproximar as equipes internas da realidade das startups, criando empatia e entendimento sobre os desafios enfrentados pelos empreendedores em sua fase de amadurecimento.
- Envolver ativamente as equipes internas nas etapas de conexão, desenvolvimento e validação das soluções, incentivando a cocriação e o compartilhamento de feedbacks durante todo o processo.
Benefícios: Fortalece a colaboração entre equipes internas e startups, aumenta a capacidade de identificar o valor das soluções iniciais, promove uma cultura de empatia e apoio à inovação, e garante maior comprometimento e compartilhamento de conhecimentos.
Definir ideias, desafios e o portfólio de ações para startups
Foca na identificação de problemas e oportunidades internas, priorizando os desafios que podem ser abordados por meio de parcerias com startups. Essa categoria orienta o levantamento dessas demandas e a criação de um portfólio diversificado de ações que reflitam as necessidades prioritárias da empresa para se conectar com startups.
Programas de ideias
- Criar programas internos que fomentem a geração de ideias e promovam o compartilhamento de histórias de falhas e aprendizados.
- Estabelecer canais de comunicação e ferramentas específicas para que colaboradores possam submeter ideias relacionadas à inovação aberta, facilitando a identificação de oportunidades de colaboração com startups.
- Criar um ambiente de intraempreendedorismo para deixar surgir ideias inovadoras
Benefícios: Estimula a criatividade e fortalece a cultura de inovação interna, que pode resultar em colaborações com startups para o desenvolvimento das ideias.
Uso de abordagens diversificadas para identificação de problemas internos
- Identificar problemas internos em áreas prioritárias utilizando uma combinação de abordagens colaborativas e análises estruturadas. Aplicar o design thinking como uma das metodologias para explorar problemas de forma empática e criativa, mapeando desafios com foco nas necessidades reais.
- Utilizar a análise de causa raiz, como o método dos 5 Porquês ou diagramas de Ishikawa, para compreender as origens dos problemas e estruturar soluções robustas.
- Incorporar ferramentas de Lean Production, como o mapeamento de fluxo de valor (Value Stream Mapping), para identificar desperdícios, gargalos e oportunidades de melhoria nos processos internos.
- Aplicar a técnica A3 para documentar problemas, análises e ações corretivas de forma visual e estruturada, promovendo o aprendizado e a comunicação entre as equipes.
- Promover workshops colaborativos que envolvam equipes multidisciplinares para priorizar problemas críticos com base em impacto no negócio, viabilidade de solução e alinhamento estratégico.
Benefícios: Proporciona uma abordagem estruturada e colaborativa, alinha as soluções às necessidades reais da empresa, fomenta a criatividade, reduz desperdícios e melhora a eficiência operacional.
Foco nas necessidades internas e priorização colaborativa
- Concentrar o motivador da conexão com startups nas necessidades internas e problemas reais da empresa, com foco em desafios estratégicos que impactam diretamente o negócio.
- Promover a identificação e priorização colaborativa dessas necessidades, envolvendo áreas-chave para garantir um alinhamento efetivo e maximizar o impacto da parceria.
- Evitar que a conexão seja direcionada apenas para objetivos secundários, como marketing ou responsabilidade social.
Benefícios: Garante relevância e alinhamento estratégico, promove engajamento interno e impacto direto e mensurável, além de assegurar que os projetos atendam às demandas prioritárias da empresa.
Criar um portfólio diversificado
- Definir um portfólio diversificado de ações e projetos para trabalhar com startups em diversos níveis de maturidade, aprendendo a lidar com startups menos maduras por meio da experiência com startups mais maduras.
- Garantir que o portfólio inclua diferentes áreas de inovação, permitindo uma abordagem mais ampla e estratégica no trabalho com startups.
- Realizar uma análise inicial de riscos do portfólio, utilizando o risco como um dos critérios de avaliação e priorização dos projetos. Projetos de maior impacto, com riscos controlados ou alinhados à estratégia, podem ser priorizados, enquanto riscos mais complexos podem ser mitigados nas fases seguintes.
Benefícios: Aumenta a capabilidade da empresa devido aos aprendizados de experiências anteriores, capacita pessoas internas para lidar com startups e facilita o trabalho sem sobrecarregar as equipes.
Prospecção e seleção de startups
Nesta categoria, encontram-se práticas para identificar, avaliar e selecionar startups alinhadas às necessidades e objetivos da empresa. O foco está em garantir que o processo de prospecção seja eficiente e que as startups escolhidas sejam adequadas aos desafios propostos.
Estabelecer critérios de seleção adaptáveis
- Estabelecer critérios objetivos para avaliar startups, incluindo maturidade, solução, modelo de negócio, equipe e investimento necessário, consolidando essas informações em uma ficha de avaliação.
- Adaptar os critérios para contemplar startups em estágio inicial, considerando que muitas podem não possuir validação prévia, experiência com processos corporativos ou documentação formal.
- Priorizar a experiência e o potencial dos empreendedores como indicadores de capacidade e alinhamento.
- Alinhar expectativas das startups explicando o fluxo de atividades, etapas do processo e requisitos necessários para participação.
Benefícios: Proporciona objetividade, organização, estrutura e eficiência no processo de seleção, atrai startups alinhadas aos objetivos estratégicos da empresa, reduz desalinhamentos ao longo do processo e amplia as oportunidades para startups iniciais.
Buscar canais de comunicação adequados ao ecossistema
- Identificar os canais mais eficazes para divulgar desafios e conectar-se com startups alinhadas ao perfil da empresa e das iniciativas de inovação aberta.
- Utilizar ferramentas e plataformas relevantes no ecossistema, como redes sociais, hubs de inovação e eventos especializados, para ampliar a visibilidade e adesão.
Benefícios: Amplia o alcance das comunicações, gerando maior adesão e visibilidade para a empresa.
Buscar parceiros para a prospecção de startups
- Identificar e estabelecer parcerias com hubs de inovação, aceleradoras, consultorias e outras instituições especializadas para ampliar o alcance e a eficiência na prospecção de startups alinhadas aos desafios da empresa.
- Garantir que esses parceiros tenham uma compreensão clara dos objetivos estratégicos e dos critérios de seleção para startups, otimizando o processo de identificação.
Benefícios: Amplia o alcance e a qualidade da prospecção, reduz o esforço interno da empresa, aproveita o know-how e a rede de contatos de parceiros especializados, e fortalece a conexão com o ecossistema de inovação.
Execução e acompanhamento de projetos com startups
Abrange práticas voltadas para a implementação, acompanhamento e evolução de POCs, pilotos e projetos com startups. O objetivo é garantir a execução eficiente, promovendo alinhamento contínuo entre as partes e possibilitando ajustes para maximizar os resultados.
Planejar a execução ágil de projetos com startups
- Estabelecer objetivos claros e pontos de controle para cada projeto, alinhados às expectativas definidas na fase de seleção, utilizando uma abordagem ágil para ajustes rápidos e iterativos.
- Mapear recursos essenciais, como equipes, ferramentas e prazos, garantindo que as demandas da startup e das áreas internas estejam alinhadas sem sobrecarregar o fluxo operacional.
- Promover uma dinâmica colaborativa e ágil de planejamento com a startup e equipes internas, priorizando entregas incrementais que permitam revisões e melhorias contínuas.
- Identificar potenciais riscos e antecipar ações para mitigá-los, sem comprometer a flexibilidade e a rapidez do processo.
Benefícios: Facilita o alinhamento interno e externo, promove eficiência com foco na agilidade, reduz incertezas e possibilita ajustes rápidos durante a execução.
Promover a construção conjunta e alinhamento de expectativas com startups
- Estabelecer uma relação de transparência e confiança para que as startups se sintam seguras ao discutir questões sensíveis, sem receio de prejuízos nas negociações.
- Definir um plano de trabalho conjunto, detalhando etapas, prazos, critérios de performance e metas compartilhadas, ajustando expectativas desde o início.
- Garantir a participação de profissionais com habilidades técnicas para auxiliar no levantamento de requisitos, evitar gargalos e prevenir trocas de informações equivocadas ou desatualizadas.
- Manter flexibilidade para revisões e ajustes ao longo do projeto.
Benefícios: Fortalece a confiança, promove alinhamento entre as partes, reduz erros e atrasos, e direciona o desenvolvimento do projeto com maior colaboração técnica e estratégica.
Ambiente de testes
- Criar um ambiente seguro e isolado dos sistemas operacionais da empresa, permitindo que startups realizem experimentações com recursos adequados, facilidade de uso, tolerância ao erro e segurança da informação.
- Configurar o ambiente para avaliações e testes sem comprometer a operação, garantindo suporte técnico e flexibilidade para atender às necessidades específicas das startups.
Benefícios: Reduz riscos operacionais, promove agilidade e eficácia nos testes, aumenta a confiança e a colaboração entre startups e a empresa, e aumenta o engajamento com o ecossistema de inovação.
Negociar propriedade intelectual de forma equilibrada e amigável
- Estabelecer contratos claros para a gestão da propriedade intelectual, garantindo alinhamento de expectativas entre a empresa e as startups.
- Considerar as limitações das startups em estágio inicial ao negociar a titularidade e os direitos de uso, incentivando modelos flexíveis, como licenciamento ou co-propriedade, quando apropriado.
- Buscar abordagens colaborativas para proteger inovações e garantir que ambas as partes se beneficiem dos resultados da parceria.
Benefícios: Reduz riscos e conflitos relacionados à propriedade intelectual, promove colaboração saudável e protege os interesses de ambas as partes no desenvolvimento de soluções inovadoras.
Garantir acompanhamento contínuo, comunicação eficiente e flexibilidade nos prazos com startups (para a POC e piloto)
- Manter um monitoramento próximo durante a implementação e evolução das soluções, identificando gargalos e propondo ajustes ágeis.
- Estabelecer um processo de comunicação claro e frequente, com reuniões regulares e transparência nas informações e expectativas.
- Reconhecer os desafios que startups em estágio inicial e a empresa podem enfrentar, como mudanças na equipe, burocracia interna ou dificuldades financeiras, ajustando cronogramas conforme necessário sem comprometer o progresso da parceria.
- Promover o comprometimento mútuo nos tempos de resposta e na manutenção do fluxo de comunicação, preparando os times internos para gerenciar demandas de forma eficiente.
- Incorporar indicadores-chave de desempenho (KPIs) para medir o progresso e o impacto das iniciativas, considerando métricas financeiras e qualitativas, como aprendizado e inovação.
Benefícios: Fortalece a confiança entre as partes, promove alinhamento contínuo, minimiza riscos e atrasos, melhora a percepção de sucesso na colaboração, cria resiliência diante de imprevistos e desenvolve a maturidade dos times internos para lidar com startups iniciais.
Formalizar contratos e condições financeiras para startups
- Definir uma abordagem justa para remunerar startups pelas horas trabalhadas e eventuais gastos materiais durante provas de conceito (POCs), especialmente em casos onde não há fomento financeiro.
- Estabelecer contratos comerciais específicos para startups, adaptando os modelos para diferentes perfis e estágios, evitando o uso de modelos padronizados que possam criar barreiras burocráticas.
- Simplificar requisitos e trâmites administrativos, como redução de burocracia e flexibilização de exigências incompatíveis com a realidade de startups em estágio inicial.
- Definir claramente as condições de desembolso financeiro, especificando se os pagamentos serão realizados por entregas, etapas ou em intervalos de tempo previamente acordados.
Benefícios: Facilita o relacionamento com startups, promove equilíbrio financeiro, reduz barreiras administrativas e fortalece a colaboração ao adaptar processos corporativos à realidade das startups.
Planejar e gerenciar a escalabilidade da solução com a startup
- Desenvolver um plano detalhado para a escalabilidade da solução, alinhando expectativas entre a empresa e a startup.
- Considerar a estruturação interna da startup para atender às demandas de qualidade, velocidade e exequibilidade, enquanto a empresa prepara suas áreas internas para lidar com os riscos inerentes.
- Negociar termos contratuais que priorizem o projeto e incluam cláusulas de compromisso com a escalabilidade.
- Estabelecer estratégias para mapear pontos cegos, analisar riscos e preparar alternativas caso as ações de escalabilidade não saiam conforme o esperado.
Benefícios: Reduz os riscos associados à escalabilidade, garante alinhamento estratégico, melhora a integração entre as partes e aumenta as chances de sucesso na expansão e implementação da solução.
Analisar riscos em projetos de conexão com startups
- Mapear potenciais riscos técnicos, financeiros e operacionais específicos de cada projeto, priorizando aqueles que podem impactar diretamente os resultados.
- Desenvolver planos de mitigação e contingência para lidar com falhas potenciais durante a execução.
- Considerar riscos gerais relacionados ao projeto, como interrupções operacionais, conflitos contratuais ou questões regulatórias, para prevenir impactos críticos.
Benefícios: Reduz a probabilidade de falhas críticas, promove maior previsibilidade e facilita respostas rápidas em caso de adversidades.
Análise de operacionalização e viabilidade de resultados (para a implementação)
- Após a validação da prova de conceito, realizar uma análise detalhada das variáveis internas e externas que podem impactar a implementação e escalabilidade da solução.
- Considerar fatores como redesenho de processos, compliance, ROI, capacidade de absorção pela área-cliente, e limitações da startup em equipe ou ferramentas.
- Fornecer suporte à startup para dimensionar os esforços e recursos necessários, enquanto mobiliza as áreas internas para garantir a viabilidade da implementação e escalabilidade da solução.
Benefícios: Facilita a integração da solução na empresa, reduz riscos e conflitos durante a implementação e aumenta as chances de sucesso na escalabilidade e operacionalização.
Assegurar agilidade e estrutura na contratação após a prova de conceito
- Garantir que a transição para etapas posteriores a uma prova de conceito bem-sucedida seja ágil e eficiente.
- Revisar, de forma simplificada, os processos e instrumentos das áreas de suporte para alinhar diagnósticos, contratos, prazos de pagamento e requisitos técnicos com as necessidades da startup.
- Avaliar, em parceria com a startup, sua maturidade em aspectos como estratégia de mercado, uso de propriedade intelectual e modelo de precificação, promovendo suporte ou mentorias direcionadas quando necessário.
Benefícios: Equilibra velocidade e cuidado no processo de contratação, reduzindo riscos e promovendo colaboração eficiente com a startup, sem comprometer a agilidade.
Avaliação, aprendizado e melhoria contínua nas conexões
Foca na análise dos resultados das conexões com startups, extração de aprendizados e ajustes contínuos para futuras iniciativas. Essa categoria reforça o ciclo de melhoria contínua, alinhando os resultados das parcerias aos objetivos estratégicos da empresa.
Disseminar cases de inovação aberta com startups
- Apresentar os resultados das parcerias com startups, destacando as inovações incorporadas e os aprendizados adquiridos, mesmo diante de riscos e adversidades.
- Promover a divulgação interna para aculturar os colaboradores sobre inovação aberta, valorizar o ecossistema de startups e reforçar a importância da cultura de inovação.
- Utilizar a transparência na comunicação dos cases para atrair novos sponsors e fortalecer o comprometimento interno com iniciativas futuras.
Benefícios: Fortalece a cultura de inovação, aproxima os colaboradores do tema, amplia o entendimento sobre o ecossistema de startups e gera maior engajamento organizacional.
Valorizar a experiência e aprendizado do ciclo Lean Startup
- Reconhecer o valor das práticas ágeis adquiridas durante o relacionamento com startups, independentemente dos resultados finais da prova de conceito.
- Utilizar o ciclo Lean Startup como base para aprender e evoluir, aplicando experimentação para validar produtos e serviços com menos recursos.
- Envolver a equipe no desenvolvimento de MVPs (Mínimos Produtos Viáveis) e nas etapas do ciclo, como geração de hipóteses, prototipagem, teste, análise e aprendizado contínuo.
Benefícios: Promove a agilidade e eficiência nos processos internos, fortalece a cultura de experimentação, reduz custos no desenvolvimento de soluções e capacita a equipe para práticas de inovação iterativa.
Realizar uma análise ampla da parceria e seus aprendizados
- Conduzir uma avaliação abrangente de todo o processo realizado com a startup, identificando pontos de melhoria, lições aprendidas e benefícios obtidos.
- Reconhecer não apenas os resultados quantitativos, como economia de recursos e melhorias de processos, mas também os ganhos qualitativos, como o aprendizado em metodologias ágeis, valorização da marca, atração de talentos e amadurecimento das estratégias de inovação aberta.
Benefícios: Promove a melhoria contínua dos processos de conexão com startups, fortalece a imagem da empresa como inovadora, atrai talentos e gera insights para estratégias futuras de inovação aberta.
Desenvolver indicadores-chave de desempenho (KPIs) para avaliar o impacto estratégico
- Criar KPIs específicos para medir o impacto de longo prazo das parcerias com startups, considerando aspectos como aumento de receita, redução de custos, adoção de novas tecnologias, melhoria de processos ou expansão de mercado.
- Definir métricas que conectem os resultados das parcerias aos objetivos estratégicos da empresa, garantindo alinhamento entre inovação aberta e prioridades organizacionais.
- Monitorar continuamente os KPIs para avaliar o desempenho geral das colaborações, identificando tendências, sucessos e oportunidades de melhoria nas práticas de inovação aberta.
- Comunicar os resultados obtidos por meio dos KPIs para engajar a alta liderança, reforçando a relevância das parcerias e orientando decisões estratégicas futuras.
Benefícios: Proporciona uma visão clara do impacto estratégico das parcerias, conecta inovação aberta aos objetivos organizacionais, orienta decisões futuras e fortalece o engajamento interno com o ecossistema de startups.
Fortalecer o relacionamento de longo prazo com startups
- Desde o início, estabelecer bases para uma colaboração de longo prazo, incluindo etapas como fornecimento inicial, co-desenvolvimento, eventual investimento e parcerias estratégicas.
- Planejar continuamente o monitoramento e reforço da parceria, utilizando métricas de impacto, feedbacks regulares e ações para superar desafios.
- Adaptar o relacionamento conforme a maturidade da startup e as necessidades estratégicas da empresa, garantindo flexibilidade e alinhamento estratégico.
Benefícios: Promove relações sólidas e sustentáveis, fortalece a parceria ao longo do tempo, maximiza os retornos da colaboração e cria valor estratégico para ambas as partes.
Estabelecer uma estratégia clara de saída para parcerias com startups
- Definir, desde o início, uma estratégia de saída em caso de mudanças estratégicas ou desafios na parceria, com condições claras e acordadas para encerrar o relacionamento de forma organizada.
- Incluir um plano de comunicação transparente para informar as partes interessadas e assegurar que o encerramento seja compreendido e aceito por todos.
- Planejar ações para mitigar impactos operacionais e financeiros, protegendo as operações da empresa e a viabilidade da startup.
- Estabelecer cláusulas contratuais específicas que protejam os interesses de ambas as partes e definam os procedimentos para o término da parceria.
Benefícios: Minimiza riscos de desalinhamento e conflitos futuros, protege os interesses de ambas as partes e garante que o encerramento seja conduzido de forma profissional e planejada.
Procedimento e apoio do chatGPT
O desenvolvimento dessas práticas foi um processo de mais de 16 horas de interações “ser humano – máquina (chatGPT)”, realizado durante 5 dias de trabalho.
Procedimento antes do chatGPT
Antes de alimentar o chatGPT, o autor realizou um levantamento de práticas e estudou as duas referências principais selecionadas.
Na primeira referência (ABDI, 2018), as práticas são estruturadas em dois grupos de categorias:
- por processos da conexão empresa – startup: diretrizes de inovação aberta, planejamento, conexão com startups (subdividido nas fases de prospecção e seleção, prova de conceito e piloto, contratação, implementação e expansão), avaliação.
- por pilar da inovação: estratégia, investimento, processos, pessoas, cultura, estrutura, liderança.
Na segunda referência (Softex, 2022), as práticas são estruturadas em cada fase do relacionamento (empresa – startup): start e planejamento, prospecção e seleção, prova de conceito, contratação e avaliação.
Na descrição de uma prática dentro de uma das fases de relacionamento, as práticas são classificadas em mais de um dos pilares da inovação (relacionamento, liderança, estratégia, investimento, estrutura, processos e cultura).
Apesar das semelhanças entre processos da primeira referência e fases do relacionamento da segunda referência, e entre os pilares da inovação das duas referências:
- na primeira referência, as práticas poderiam ser classificadas dentro dentro de um processo ou dentro de um pilar,
- na segunda referência, elas eram classificadas somente nas fases e podem ser classificadas em mais de um pilar simultaneamente.
Trabalho interativo com o chatGPT
Esta fase do desenvolvimento teve a duração de mais de 16 horas de interações “ser humano – máquina (chatGPT)”, realizado durante 5 dias de trabalho.
Com a união dessas práticas, não consideramos as categorias de classificação dos dois guias. Além disso, outras práticas foram adicionadas.
Alimentamos o chatGPT com todas as práticas e solicitamos que ele fizesse um resumo da descrição delas no formato de tópicos e extraísse do texto quais seriam os benefícios de cada prática.
O resultado dessa síntese foi verificado pelo autor desta seção, e benefícios foram sendo acrescentados, naquelas práticas que não possuíam essa informação. Foi conferido com as fontes e algumas inconsistências foram identificadas e corrigidas.
Foi solicitado para o chatGPT analisar a nova versão das práticas e destacar as redundâncias. Porém, não foi solicitado que ele gerasse uma nova lista de práticas. O autor desta seção validou as redundâncias levantadas. Em alguns casos, ele manteve a prática separada e em outros ele redigiu a prática que deveria substituir as duas práticas redundantes.
Esta nova versão da lista de práticas foi alimentada no chatGPT. Então, o autor desta seção foi enviando prática por prática novamente (que já estava na lista), com um prompt detalhado para o chatGPT verificar quais práticas poderiam ser unificadas ou separadas. Foi um trabalho exaustivo e demorado. Várias vezes o autor discordou das propostas do chatGPT, que na maioria das vezes concordava com o autor.
No final deste processo, a nova versão foi novamente alimentada e solicitamos ao chatGPT que criasse categorias para classificar as práticas com base na semelhança das descrições. Este processo teve mais de 15 iterações. Quando o autor não concordava com o chatGPT, ele solicitava mudanças explicando as razões. Na primeira versão, o chatGPT propôs 5 categorias e no final tivemos 8 categorias e o nome de 3 categorias foram alterados pelo autor.
A classificação de uma prática em uma categoria foi modificada pelo autor mais de 10 vezes. Sempre que uma nova versão resultava deste processo interativo entre o autor e o chatGPT, ela era alimentada para se verificar inconsistências e redundâncias.
Em um certo momento, o autor desta seção finalizou o processo. Mas pode haver outras pessoas, que conhecem outras práticas ou que façam propostas para modificação das categorias e da classificação de uma prática em uma outra categoria. Realmente, concluímos que algumas práticas podem ser classificadas em mais de uma categoria.
Como na flexM4i todo o conteúdo é flexível, conforme novas práticas forem sendo propostas, com resultados práticos relevantes, iremos atualizar a lista de boas práticas
Em diversos momentos, discutimos cada prática, refinando sua descrição e ajustando pontos críticos, como foco, objetividade e aplicabilidade. Algumas análises detalhadas foram realizadas para ampliar descrições onde necessário e destacar os benefícios de forma simples e objetiva.
Além disso, desenvolvemos categorias específicas que diferem de classificações tradicionais baseadas em fases de projetos ou pilares genéricos.
As categorias foram criadas para facilitar a busca, entendimento e a estruturação das práticas.
Este trabalho interativo ser humano – máquina incluiu debates aprofundados sobre alinhamento estratégico, agilidade operacional e priorização de ações, com ajustes finos em cada prática para assegurar que fossem relevantes e acionáveis.
Este trabalho não pára aqui na versão atual. Sempre que novas fontes de práticas forem encontradas e críticas de revisores forem formuladas, iremos criar novas versões e atualizar esta lista.
O próximo passo é submeter essas boas práticas a especialistas para validação.
Referências
ABDI (2018). Boas práticas de conexão startup – indústria. Disponível em: https://startupindustria.com.br/fasttrack Acesso em: 19/12/2022 (este acesso não está mais disponível). Encontramos uma versão deste manual em: https://www.ipdeletron.org.br/wwwroot/pdf-publicacoes/45/ManualBoasPrticas_V8semgoverno.pdf Acesso em: 22/11/2024
Softex (2022). Fast Track – um guia com 25 boas práticas para o relacionamento entre empresas e startups em estágio inicial. Disponível em: https://softex.br/fast-track-conecta/ Acesso em: 22/11/2024.