Arquitetura de negócios

Parte da arquitetura empresarial

flexM4I > abordagens e práticas > Arquitetura de negócios (versão 1.0)
Autoria: Henrique Rozenfeld ([email protected]) com apoio do chatGPT 4.o (leia mais)
 

Introdução

Há algumas definições de arquitetura de negócios (business architecture), e nesta seção sintetizamos essas definições e mostramos que ela é um dos componentes de uma arquitetura empresarial.

Recomendamos que você conheça antes a seção sobre Arquitetura empresarial e articulação entre seus componentes.

Definições 

A arquitetura de negócios representa as visões holísticas e multidimensionais do negócios que inclui: recursos, entrega de valor de ponta a ponta, informações e estrutura organizacional; e as relações entre essas visões e estratégias de negócios, produtos, políticas, iniciativas e partes interessadas (Guild, 2024).

“Arquitetura de negócio identifica e relaciona os componentes-chave de negócio, tais como produtos e serviços, recursos internos, processos de negócio, funções e regras de negócio, indicadores de desempenho de processos e sistemas de informação. Arquitetura de negócio assegura que os componentes-chave estejam interligados de modo que melhor suportem a estratégia de negócio e a entrega de valor para o cliente” (ABPMP, 2013).

Benefícios da arquitetura de negócios

Uma arquitetura de negócios representa uma empresa e seu ecossistema de negócios. Assim, ela agrega valor ao permitir que ocorra uma comunicação eficaz sobre o negócio. A estrutura da arquitetura de negócios (Guild, 2024):

  • possibilita uma comunicação eficaz sobre o negócio;
  • permite traduzir as estratégias em ações concretas, garantindo que as iniciativas do negócio sejam estruturadas de forma coerente e alinhadas aos objetivos organizacionais.;
  • aumenta a capacidade da empresa de implementar mudanças transformacionais;
  • facilita navegar pela complexidade do negócio;
  • reduz os riscos, pois possibilita uma avaliação das estratégias a luz da visão holística antes de implementá-las;
  • apoia a tomada de decisões, pois são baseadas em informações mais abrangentes do negócio; 
  • alinha os stakeholders, com base em uma visão compartilhada do futuro;
  • orienta a implementação mais eficiente e eficaz da tecnologia de informação e comunicação (TIC).

Arquitetura de negócios como um dos componentes da arquitetura empresarial

Apesar de serem confundidas, a arquitetura de negócios é um dos componentes da arquitetura empresarial, como mostra a figura abaixo.

Figura 1208: visão das principais arquiteturas que compõem uma arquitetura empresarial

Essa figura é descrita na seção “Arquitetura empresarial e articulação entre seus componentes”.

A arquitetura de negócios não é a arquitetura empresarial

Não confunda arquitetura de negócios (Business Architecture, BA) com a arquitetura empresarial (Enterprise Architecture, EA)

  • EA engloba toda a organização, incluindo arquitetura de negócios, processos, tecnologia da informação (TI), infraestrutura, dados e governança. Seu objetivo é criar um modelo estruturado para alinhar estratégia, tecnologia e operações.
Veja todos os componentes da arquitetura empresarial que apresentamos nesta seção.
  • BA foca apenas no lado do negócio, modelando capabilidades, valor, processos, produtos e governança corporativa sem entrar nos detalhes técnicos de TI, dados ou infraestrutura.
  • EA tem uma forte relação com TI, pois tradicionalmente surgiu na comunidade de tecnologia para garantir o alinhamento estratégico dos sistemas de informação com os objetivos organizacionais.
  • BA não se preocupa diretamente com TI; ela busca modelar como o negócio funciona e cria valor, deixando a decisão sobre ferramentas e infraestrutura para outras camadas da EA.
  • EA é uma estrutura mais ampla, da qual BA é um componente. A Arquitetura de Negócios pode existir de forma independente, mas dentro de um framework completo de EA, ela se conecta com as arquiteturas de TI, dados e aplicações
  • BA serve como um ponto de conexão entre a estratégia e a execução dos processos e operações empresariais.

Arquitetura de negócios não é o modelo de negócios

Como ilustra a figura anterior, o modelo de negócio é uma visão abrangente e superficial dos principais elementos das nove perspectivas (componentes) do modelo. 

Por exemplo, o componente “key activities” podem representar os processos principais do negócio, mas no modelo de negócio inserimos somente o título desses processos. A relação com outros elementos de negócio (organização, recursos etc.) e seu detalhamento faz parte da arquitetura de processos, que, como citamos acima, é um dos componentes do modelo de negócios.

A próxima figura ilustra o posicionamento do modelo de negócios no contexto da arquitetura empresarial e sua relação com a arquitetura de processos.

Figura 1215: contraposição das formas e conteúdos de representação de um modelo de negócio e a arquitetura empresarial, no caso somente dos processos (atividades)

No exemplo da figura anterior, dentro do modelo de negócio foram identificados dois processos principais (key processes), representados pelas flechas vermelha e azul. O modelo de negócio está no topo da arquitetura empresarial, pois traz uma visão inicial e abrangente do negócio

O modelo de negócios é uma visão  geral (e superficial) do negócio, que precisa ser detalhado para permitir a implementação dos elementos de negócio.

Uma explicação mais detalhada da figura anterior, que discute a relação entre o modelo de negócio e a arquitetura de processos (um dos elementos da arquitetura de negócios) está no tópico “Exemplo da relação do modelo de negócio com a arquitetura de processos” da seção “Arquitetura empresarial e articulação entre seus componentes”. 

A arquitetura de negócios não é a arquitetura de processos

Vom Brocke & Rosemann (2015) afirmam que a arquitetura de negócios define como que o negócio está organizado para atingir seus objetivos e que ela também é conhecida como arquitetura dos processos de negócio.

Discordamos dessa afirmação, assim como outros autores, pois consideramos que a arquitetura de processos de negócio (BPA) é um dos elementos  da arquitetura de negócios, como ilustra a figura anterior.

Arquitetura de negócios não é o modelo operacional

Embora ambos descrevam aspectos do funcionamento da empresa, seus focos são distintos. A arquitetura de negócios modela as capacidades, fluxos de valor e elementos estruturais do negócio, proporcionando uma visão estratégica e holística. Já o modelo operacional detalha como o negócio opera no dia a dia, abordando processos, pessoas e tecnologia com foco em eficiência e execução.

O modelo operacional é influenciado pela arquitetura de negócios, mas não a substitui. Enquanto a arquitetura de negócios habilita a transformação e o alinhamento estratégico, o modelo operacional define a execução prática dessas diretrizes.

 

Princípios da arquitetura de negócios

A arquitetura de negócios é guiada por princípios fundamentais que garantem sua aplicação consistente e eficaz dentro das organizações. Segundo o BIZBOK (Guild, 2024), esses princípios orientam a modelagem, análise e uso da arquitetura de negócios para alinhar estratégias e operações de forma estruturada.

Os princípios incluem:

  • A arquitetura de negócios é sobre o negócio – Seu foco está na estruturação e organização dos elementos empresariais, sem entrar em detalhes técnicos de TI ou infraestrutura.
  • O escopo da arquitetura de negócios é o escopo do negócio – Ela deve abranger toda a empresa e seu ecossistema, incluindo stakeholders, capacidades, processos e fluxos de valor.
  • A arquitetura de negócios não é prescritiva – Fornece um modelo estruturado, mas não define métodos rígidos de implementação.
  • A arquitetura de negócios é iterativa – Sua construção e uso evoluem conforme mudanças na estratégia, estrutura organizacional e mercado.
  • A arquitetura de negócios é reutilizável – Os modelos e mapas desenvolvidos podem ser aplicados em diferentes contextos e iniciativas, reduzindo redundâncias e retrabalho.
  • A arquitetura de negócios não se trata apenas de entregáveis – O valor real está na transparência e nas decisões estratégicas que possibilita, e não apenas nos modelos e documentos gerados.

Esses princípios garantem que a arquitetura de negócios sirva como um alicerce para a tomada de decisão e para a transformação organizacional, promovendo alinhamento estratégico, clareza estrutural e maior capacidade de adaptação a mudanças.

Elementos de uma arquitetura de negócios

A próxima figura detalha a arquitetura de negócios (e a organizacional dentro da arquitetura de negócios) da figura anterior. Ambas fazem parte da arquitetura empresarial.

Figura 1209: visão das principais arquiteturas que compõem uma arquitetura empresarial com o detalhamento dos componentes das arquiteturas de negócio e organizacional (que está dentro da arquitetura de negócios)

Na proposta da flexM4i, a arquitetura de negócios abrange:

  • o mercado
  • o ecossistema, que é mais amplo e inclui a cadeia de valor
  • os elementos jurídicos e financeiros dos negócios
  • as ofertas, que incluem os produtos e serviços
  • o valor criado, entregue e capturado, que inclui as ofertas e os benefícios para os stakeholders do negócio
  • a arquitetura organizacional

Além desses elementos, a arquitetura de negócios pode ser representada por aspectos que estruturam suas principais perspectivas, conforme ilustrado na próxima figura (Guild, 2024).

Figura 902: Domínios de uma arquitetura de negócios
Fonte: adaptado de Guild (2024)

A próxima tabela compara os elementos das duas propostas de arquitetura de negócio.

Tabela 1321: Comparação entre os elementos das arquiteturas de negócios da flexM4i e do BIZBOK (Guild, 2014).

Seguindo um dos princípios da arquitetura de negócios de não ser prescritiva,

… você pode adotar os elementos mais alinhados com o momento atual da sua empresa (maturidade) e de acordo com os seus objetivos de representação da arquitetura.

Representação da arquitetura de negócios

A arquitetura de negócios é documentada e visualizada por meio de representações estruturadas, proporcionando uma visão clara e coerente da organização.

O mapeamento da arquitetura de negócios envolve a identificação e organização de seus principais elementos / domínios, conforme indicado no tópico anterior. Como este tópico se baseia no BIZBOK (Guild, 2024), abordamos aqui apenas os domínios citados na figura 902.

Esse mapeamento permite representar o negócio de maneira estruturada, facilitando a conexão entre estratégia e execução, além de possibilitar a rastreabilidade entre os componentes do negócio.

Para tornar essa arquitetura tangível e comunicável, utilizamos mapas ou diagramas, que traduzem seus elementos em modelos gráficos. Essas representações visuais estruturam diferentes perspectivas do negócio, permitindo análises detalhadas e facilitando a tomada de decisão.

Entre os principais mapas utilizados, destacam-se:

  • Mapa de capabilidades, que organiza e estrutura as capabilidades do negócio, demonstrando o que a empresa é capaz de fazer de forma estável e independente de processos ou estrutura organizacional. Ele permite avaliar quais capabilidades precisam ser fortalecidas, eliminadas ou desenvolvidas para alinhar o negócio às estratégias.
  • Mapa de fluxo de valor, que representa as etapas pelas quais um valor é criado, entregue e capturado na organização, identificando atividades críticas e oportunidades de melhoria. Esses mapas podem usar linguagens de modelagem de processos ou o mapa de fluxo de valor da abordagem Lean Production.
Leia mais na flexM4i sobre “Value Stream Mapping” (mapeamento do fluxo de valor)
  • Mapa organizacional, que detalha a estrutura formal da empresa, suas unidades de negócio e a relação entre elas, servindo como referência para análise de governança e papéis institucionais.
  • Mapa de informação, que estrutura os ativos informacionais do negócio e como eles são utilizados nas operações e na tomada de decisão, garantindo maior coerência na gestão de dados.
  • Mapa de produtos e serviços, que relaciona as ofertas da empresa ao seu portfólio estratégico, permitindo visualizar como cada produto ou serviço se conecta às necessidades do mercado e às estratégias organizacionais.

Essas representações fornecem uma visão sistemática e inter-relacionada da arquitetura de negócios, permitindo maior transparência, alinhamento estratégico e melhor planejamento organizacional.

Na proposta da flexM4i, o mapa organizacional é denominado “Arquitetura Organizacional”.

O mapa de informação é um artefato difícil de ser obtido na prática, pois sua abrangência pode torná-lo excessivamente extenso. Devido à dualidade entre processo e informação, optamos pelo uso de modelos de processo, que estruturam as informações de forma mais prática.

A prática de criar modelos de dados corporativos abrangentes foi popularizada por ​James Martin, influente especialista em tecnologia da informação na década de 1980. Esses modelos buscavam representar todas as entidades e relacionamentos de uma organização, mas frequentemente se tornavam excessivamente complexos e difíceis de implementar na prática. Essa abordagem enfrentou desafios devido à sua escala e à dificuldade de manutenção, levando as empresas a buscar alternativas mais práticas e iterativas para a modelagem de dados voltadas para aplicações específicas e não mais de toda a empresa. 

Governança da arquitetura de negócios

A governança da arquitetura de negócios garante que seus modelos e representações sejam mantidos de forma coerente e alinhados às necessidades organizacionais. Sem uma governança adequada, a arquitetura pode se tornar fragmentada, desatualizada ou perder sua utilidade na tomada de decisão.

A governança envolve a definição de papéis, processos e responsabilidades para garantir a gestão eficaz dos modelos arquiteturais. Segundo o BIZBOK (2024), uma governança estruturada deve assegurar que:

  • A arquitetura de negócios seja desenvolvida e mantida com consistência e qualidade;
  • As decisões baseadas na arquitetura sejam tomadas de maneira estruturada e alinhada à estratégia da organização;
  • Haja participação dos stakeholders relevantes, garantindo que a arquitetura reflita as reais necessidades do negócio;
  • Os modelos e representações sejam atualizados regularmente, evitando desalinhamentos com a realidade organizacional.

A governança da arquitetura de negócios, portanto, não se limita à sua criação, mas também à sua evolução e aplicação contínua, garantindo que ela permaneça um ativo estratégico para a organização.

Cenários de aplicação da arquitetura de negócios

Para atingir os benefícios listados anteriormente, a arquitetura de negócios pode ser aplicada para estruturar e comunicar diferentes aspectos do negócio, permitindo que estratégias sejam traduzidas em modelos claros e rastreáveis. Como uma representação formal dos componentes do negócio, ela viabiliza a tomada de decisão baseada em uma visão integrada da empresa e de seu ecossistema.

Entre os principais contextos de aplicação, destacam-se:

  • Estruturação e comunicação do negócio, facilitando a colaboração entre stakeholders e garantindo um entendimento comum sobre os componentes essenciais da organização;
  • Avaliação e adaptação estratégica, permitindo que mudanças organizacionais sejam planejadas e implementadas com base em uma visão holística, reduzindo riscos e incertezas;
  • Modelagem e otimização de processos e governança, fornecendo representações estruturadas que permitem alinhar processos e decisões organizacionais às necessidades estratégicas da empresa.

A arquitetura de negócios, portanto, não é apenas uma documentação estática da empresa, mas sim uma ferramenta ativa para a análise, planejamento e execução de mudanças organizacionais.

Informações adicionais

Para aprofundar o conhecimento sobre arquitetura de negócios, recomenda-se a consulta ao material publicado pelo Business Architecture Guild, disponível em: https://www.businessarchitectureguild.org/.

O BIZBOK® Guide (Guild, 2024) é um dos principais referenciais sobre o tema. Seu acesso completo é exclusivo para membros do Business Architecture Guild, mas parte do conteúdo introdutório pode ser baixado gratuitamente no Learning Center da Guild, na seção “Free Resources”:
https://learning.businessarchitectureguild.org/free-resources.

Esse material fornece uma visão geral da arquitetura de negócios, suas definições e aplicações, sendo uma referência útil tanto para iniciantes quanto para profissionais que desejam estruturar e expandir suas práticas nessa disciplina.

O The Open Group Architecture Framework (TOGAF) é um dos frameworks mais amplamente utilizados para Arquitetura Empresarial (EA), fornecendo uma abordagem estruturada para o design, implementação e governança da arquitetura organizacional. Embora sua abordagem seja voltada para Enterprise Architecture (EA) como um todo, ele pode incorporar a Arquitetura de Negócios como um de seus domínios, garantindo o alinhamento estratégico entre os diferentes componentes da organização.

Para mais detalhes sobre o TOGAF, consulte a seção dedicada na flexM4i: TOGAF ®: um framework para o desenvolvimento de uma arquitetura empresarial

Apoio do chatGPT

A elaboração desta seção foi um processo iterativo e estruturado, baseado exclusivamente nas referências citadas, sem recorrer a conhecimentos gerais do ChatGPT. Foram realizadas diversas interações ao longo de alguns dias para organizar, estruturar e revisar o conteúdo.

Um conteúdo inicial foi criado pelo autor com base nas referências. Em seguida, com base na referência principal, a introdução do BIZBOK (Guild, 2014) um novo sumário foi criado. Com base no novo sumário, foi gerado um texto pelo chatGPT cada um dos tópicos fiel às referências. O alinhamento do texto com o original foi avaliado e o texto foi criticado, corrigido e editado pelo autor. Depois, alguns tópicos foram integrados e outros divididos em várias iterações até chegar na versão final. 

O ChatGPT foi utilizado como ferramenta de apoio para sintetizar informações, sugerir formas de organização dos tópicos e revisar a coerência do material. O processo envolveu múltiplas rodadas de ajustes, garantindo que a seção refletisse com precisão os conceitos extraídos das fontes.

Em momentos específicos, o ChatGPT-4.0 foi utilizado para revisões mais detalhadas, enquanto o ChatGPT-01 foi acionado para auxiliar em raciocínios mais complexos. Todas as decisões finais e a curadoria do conteúdo foram feitas pelo autor, garantindo alinhamento conceitual e coerência no texto.

Referências

ABPMP (2013). CBOK v3.0 – Guide to the Business Process Management Common Body of Knowledge. 3. ed. Indiana: Association of Business Process Management Professionals. Disponível em: www.abpmp.org.

Guild, B. A. (2024). PART 1 : INTRODUCTION Purpose of the BIZBOK TM Guide What is Business Architecture ? A Guide to the Business Architecture Body of Knowledge (BIZBOK), 1–17

Rummler, G.A., Ramias, A.J. (2015). A Framework for Defining and Designing the Structure of Work. In: vom Brocke, J., Rosemann, M. (eds) Handbook on Business Process Management 1. International Handbooks on Information Systems. Springer, Berlin, Heidelberg. https://doi.org/10.1007/978-3-642-45100-3_4 

vom Brocke, J., & Rosemann, M. (2015). Handbook on business process management 1 introduction, methods, and information systems. International Handbooks on Information Systems. Springer, Berlin, Heidelberg.

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