OKRs - objetivos e resultados chave
flexM4I > abordagens e práticas > OKRs – objetivos e resultados chave (versão 1.2)
Autoria: Henrique Rozenfeld ([email protected])
Conteúdo desta página
- 1 Introdução
- 2 Definição
- 3 História
- 4 Componentes
- 5 Benefícios da aplicação de OKRs
- 6 Papéis
- 7 Níveis de OKRs e horizontes de planejamento e avaliação
- 8 Exemplos de OKRs
- 9 OKRs para times de inovação
- 10 Erros comuns na aplicação dos OKRs
- 11 Ferramentas de apoio à gestão dos OKRs
- 12 É gestão por objetivos (MOB)?
- 13 Deve-se associar remuneração com OKR?
- 14 Por onde começar?
- 15 Informações adicionais
- 16 Referências
Introdução
Os planos estratégicos (as estratégias) nem sempre sobrevivem ao contato com o mundo real do seu negócio (Niven & Lamorte, 2016). Os OKRs podem melhorar essa situação.
Definição
A metodologia OKR propõe a definição de objetivos orientados às estratégias e a relação desses objetivos com resultados (key results) mensuráveis, que devem ser controlados frequentemente para acompanhar a execução das estratégias.
OKR (objective & key results) é uma metodologia para:
- definição de objetivos importantes da empresa e
- controle de 2 a 5 resultados mensuráveis, que indiquem se um objetivo está sendo alcançado ou não.
Segundo Niven & Lamorte (2016), “OKRs é uma metodologia que visa garantir que os funcionários trabalhem juntos, concentrando seus esforços para fazer contribuições mensuráveis que impulsionam a empresa para a frente”.
Nota: inserimos o termo “metodologia”, segundo o entendimento deste termo na flexM4I. No original em inglês está “thinking framework and ongoing discipline”.
Hoje, a OKR é associada à gestão ágil, pois:
- possui ciclos curtos de atualização
- é baseada na melhoria contínua
- foca em valor
História
Essa metodologia foi criada em 1970; é adotada por várias empresas da nova economia (.com), entre elas a Google em 1999; e tornou-se muito difundida depois da publicação do livro de John Doerr (2018), cujo título da publicação e 2019 em português é “ Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates sacudiram o mundo com os OKRs”.
Consulte os links a seguir para ler mais sobre a história dos OKRs
https://vidadeproduto.com.br/okr/
https://pt.wikipedia.org/wiki/OKR
O início do livro do John Doerr (2018) conta com grandes detalhes a história da criação dos OKRs. Eles relatam com profundidade vários casos, com foco na Google e Intel no início.
Componentes
Objetivo (O) – O que nós queremos alcançar?
“Um objetivo é uma declaração concisa que descreve uma meta qualitativa ampla para impulsionar a organização na direção desejada” (Niven & Lamorte, 2016).
Características de um objetivo (Chiara, 2020):
- ser inspirador
- ser desafiador
- motivar o funcionário acordar de manhã para ir trabalhar
- fazer sentido para os funcionários
- ser de fácil entendimento e mensuração
- tem um prazo determinado para se atingido
KPI é um possível candidato a ser um KR.
Resultados chaves (KRs) – Como saberemos se atingimos nosso objetivo?
“Um resultado chave é uma declaração quantitativa que mede a realização de um determinado objetivo” (Niven & Lamorte, 2016).
Ao se definir um KR, a empresa pode definir uma meta ousada e difícil de ser atingida, que seja desafiadora. É diferente de estabelecer uma meta impossível de ser alcançada. Se, digamos, 90% da meta for atingida, pode ser um resultado satisfatório. Na reunião trimestral isso será avaliado.
Por exemplo, imagine que seu objetivo seja “melhorar a satisfação dos clientes com os serviços oferecidos” e que um dos KRs seja “atingir 85% de NPS (net promoter score)” e o seu valor atual gira em torno de 50%. KR ousado. Se no final das iniciativas nessa direção sua empresa atingir 76,5% de NPS, pode ser considerado um sucesso, pois sua empresa atingiu 90% da meta e a melhora foi de 66% com relação ao valor atual – 40%. “Pior” teria sido definir um KR de NPS de 60% e atingir 100% da meta. A melhora foi de 50%. Talvez sua empresa tenha “colocado a régua” muito embaixo e não desafiou a equipe.
Colocamos o “pior” no exemplo acima entre aspas, porque às vezes o KR não é tão desafiador e inspirador e é “mais pé no chao”, ou seja, atingível. Isso pode ser bom para manter a motivação da equipe e porque é realista com o objetivo definido.
Não basta ter um número. Se for uma atividade não é um KR.
Iniciativas
São as ações que devem ser realizadas para se atingir um RK.
Check-in semanal
É uma reunião de 15 a 20 minutos onde se controla a evolução das iniciativas para se atingir os RKs. O progresso dos valores mensuráveis dos RKs são avaliados, se eles tiverem uma grandeza progressiva.
Por exemplo, imagine que o KR é “atingir 30 mil acessos ao nosso site”, no prazo estabelecido, digamos de três meses. A cada semana você pode controlar quantos acessos foram realizados.
Este post traz uma descrição muito boa sobre o check-in semanal
Revisão trimestral
Recomendamos a leitura deste post sobre a revisão trimestral
Condições
Vamos listar as condições de uma forma inversa, mas simples. É evitar os erros que listamos no tópico “Erros comuns na aplicação dos OKRs”.
Benefícios da aplicação de OKRs
- permite uma comunicação entre os vários níveis, pois é fácil de compreender, ser aceito e usado por todos
- os ciclos frequentes de avaliação promove agilidade e permite que se realize mudanças necessárias
- traz foco para todos, pois as pessoas ficam conscientes do que é mais importante
- a visibilidade dos objetivos e resultados esperados (métricas) traz transparência e promove um alinhamento entre todas as áreas
- como todos os OKRs são definidos de forma bottom-up, os times e indivíduos possuem seus objetivos alinhados, o que traz um maior engajamento
- os OKRs focam naquilo que é possível atingir
Thomaz Ribas no seu e-book de acesso gratuito (veja informações adicionais), indica que os maiores benefícios da OKRs são:
- agilidade
- foco
- alinhamento
- engajamento
No livro, ele detalha cada um desse benefícios
Antonio Zubieta publicou um artigo no LinkedIn, que mostra os 5 maiores motivos para não ter OKR.
fim do conteúdo de níveis básico e executivo nesta seção – retornar para o mapa da sua trilha >
O conteúdo a seguir é para os níveis de treinamento e avançado.
Papéis
Só existem dois papéis na metodologia OKR, o que é uma simplicidade que acilita sua adoção:
- o líder do OKR
- o facilitador do OKR (tn conhecido como champion)
Títulos como facilitador possuem mais chance de ter sucesso. Ele deve identificar possíveis disfunções que afetam a adoção dos OKRs. Ele deve se conectar com os dirigentes e outros facilitadores (como os scrum master ou agile coach) para resolver os problemas de forma colaborativa (Chiara, 2020)
A condição básica para o sucesso da aplicação da metodologia de OKRs é o engajamento das lideranças desde o nível mais sênior
Níveis de OKRs e horizontes de planejamento e avaliação
Os OKRs podem ser definidos no nível da empresa e devem ser alinhados com os OKRs das outras áreas da empresa, equipes, time e até indivíduos.
Nível estratégico:
Normalmente, a alta cúpula define os OKRs do nível estratégico. Esses indicadores podem ser adaptados de acordo com mudanças do mercado, contato com clientes e aprendizados. É um processo top-down. Os dirigentes podem consultar pessoas de outros níveis quando estiverem definindo os OKRs que irão direcionar os outros níveis. Eles devem ser os responsáveis pelo atingimento desses OKRs e não podem delegar para outros níveis. Isso prejudicaria o seu papel ao negociar e priorizar as ações decorrentes desses OKRs (Chiara, 2020).
O horizonte do nível estratégico deve ser de um ano, mesmo que o horizonte do planejamento estratégico seja de longo prazo. O que é longo prazo? Depende do setor e da empresa. Digamos que sejam 5 anos. Detalhar as estratégias em objetivos e resultados de 5 anos é improdutivo. Nesse caso os OKRs estratégicos podem ser atualizados anualmente.
Nível tático:
Muitas empresas estão acostumadas com a visão top-down de planejamento estratégico e dizem que os OKRs são desdobrados para os outros níveis. Apesar de ser um termo, ele traz essa impressão. Idealmente os OKRs de nível tático devem ser definidos de baixo para cima (bottom-up) e serem conectados com os OKRs estratégicos. Mesmo que os dirigentes percebam que eles precisam estabelecer os OKR tácitos, eles precisam permitir que no mínimo 60% dos OKRs sejam definidos pelas equipes de forma bottom-up. Após a definição pelas equipes, os dirigentes devem dar um feedback para os times ou gerentes que estão criando os OKRs para ajudar a conectar com os OKRs de nível estratégico. Isso cria um comprometimento com os OKRs táticos (Chiara, 2020).
O horizonte do nível tático deve estabelecer metas trimestrais. Ou seja, os OKRs tácitos são avaliados trimestralmente para um horizonte de um ano dos OKRs estratégicos. Lógico que essa é a avaliação “final” do período. Devem ser realizadas as reuniões semanais de checkin descritas anteriormente. Caso o planejamento estratégico defina um horizonte de seis meses, os OKRs tácitos podem ter um horizonte bimestral
Nível operacional:
O ciclo neste nível deve ser menor do que o de nível tático. Por isso é difícil encontrar empresas que definem OKRs com horizontes menores do que três ou dois meses. Muitas vezes, as empresas substituem as avaliações individuais, que resultam em bônus para as pessoas, pelos OKRs, sem mudar a lógica anterior (Chiara, 2020). Veja o tópico “deve-se associar remuneração aos OKRs?”.
Podem haver outros arranjos hierárquicos entre os OKRs. É um aprendizado. Em algumas empresas o nível estratégico continua a ser chamado de estratégia (mas com os KRs) e os outros dois níveis podem ficar com prazos semelhantes (normalmente trimestrais) para áreas, definindo o nível operacional associado para times e/ou indivíduos.
KRs podem ser definidos no nível da empresa e devem ser alinhados com os OKRs das outras áreas da empresa, equipes, time e até indivíduos.
Nível estratégico:
Normalmente, a alta cúpula define os OKRs do nível estratégico. Esses indicadores podem ser adaptados de acordo com mudanças do mercado, contato com clientes e aprendizados. É um processo top-down. Os dirigentes podem consultar pessoas de outros níveis quando estiverem definindo os OKRs que irão direcionar os outros níveis. Eles devem ser os responsáveis pelo atingimento desses OKRs e não podem delegar para outros níveis. Isso prejudicaria o seu papel ao negociar e priorizar as ações decorrentes desses OKRs (Chiara, 2020).
O horizonte do nível estratégico deve ser de um ano, mesmo que o horizonte do planejamento estratégico seja de longo prazo. O que é longo prazo? Depende do setor e da empresa. Digamos que sejam 5 anos. Detalhar as estratégias em objetivos e resultados de 5 anos é improdutivo. Nesse caso os OKRs estratégicos podem ser atualizados anualmente.
Nível tático:
Muitas empresas estão acostumadas com a visão top-down de planejamento estratégico e dizem que os OKRs são desdobrados para os outros níveis. Apesar de ser um termo, ele traz essa impressão. Idealmente os OKRs de nível tático devem ser definidos de baixo para cima (bottom-up) e serem conectados com os OKRs estratégicos. Mesmo que os dirigentes percebam que eles precisam estabelecer os OKR tácitos, eles precisam permitir que no mínimo 60% dos OKRs sejam definidos pelas equipes de forma bottom-up. Após a definição pelas equipes, os dirigentes devem dar um feedback para os times ou gerentes que estão criando os OKRs para ajudar a conectar com os OKRs de nível estratégico. Isso cria um comprometimento com os OKRs táticos (Chiara, 2020).
O horizonte do nível tático deve estabelecer metas trimestrais. Ou seja, os OKRs tácitos são avaliados trimestralmente para um horizonte de um ano dos OKRs estratégicos. Lógico que essa é a avaliação “final” do período. Devem ser realizadas as reuniões semanais de checkin descritas anteriormente. Caso o planejamento estratégico defina um horizonte de seis meses, os OKRs tácitos podem ter um horizonte bimestral
Nível operacional:
O ciclo neste nível deve ser menor do que o de nível tático. Por isso é difícil encontrar empresas que definem OKRs com horizontes menores do que três ou dois meses. Muitas vezes, as empresas substituem as avaliações individuais, que resultam em bônus para as pessoas, pelos OKRs, sem mudar a lógica anterior (Chiara, 2020). Veja o tópico “deve-se associar remuneração aos OKRs?”.
Podem haver outros arranjos hierárquicos entre os OKRs. É um aprendizado. Em algumas empresas o nível estratégico continua a ser chamado de estratégia (mas com os KRs) e os outros dois níveis podem ficar com prazos semelhantes (normalmente trimestrais) para áreas, definindo o nível operacional associado para times e/ou indivíduos.
Apesar de teoricamente grandes corporações definirem esses três níveis de OKRs, os exemplos que conhecemos são de dois níveis hierárquicos.
Exemplos de OKRs
Não vamos repetir ou copiar os exemplos das fontes que consultamos.
Neste post existem exemplos de OKRs e principalmente de OKRs que não servem de exemplo. É bem interessante que neste post o autor crítica (com razão) exemplos de OKRs citados na publicação que popularizou a metodologia OKR (Doerr, 2018).
No tópico OKRs no final desta página web, você pode ver um exemplo de uma estrutura de OKRs de uma empresa de investimento (em inglês).
OKRs para times de inovação
OKRs podem ser usados em todos os tipos de empresas para vários tipos de tarefas. Na inovação, no entanto, devem ser tomados alguns cuidados particulares, quando se trabalha com times (tanto na estrutura matricial, como times dedicados) ou squads (Wodtke, 2017).
Lembrem-se que esses times são multi e cross funcionais, ou seja, seus membros fazem parte de outros departamentos, ou possuem conhecimentos relacionados com funções específicas.
Esses times devem possuir OKRs relacionados com os projetos nos quais eles estão trabalhando. Esses OKRs devem estar alinhados com os objetivos da empresa.
Um erro comum é definir OKRs para um departamento que vão contra os resultados de um time multifuncional (buscar ótimos locais e não globais), principalmente se as pessoas desse departamento estiverem envolvidas em diferentes projetos.
Caso contrário, pode ocorrer que um objetivo do departamento seja conectado a OKRs do nível individual, que direciona o comportamento de uma pessoa. Ela então terá dificuldades de se orientar pelo OKR do time.
No alinhamento entre os OKRs, cuidado com inconsistências entre OKRs departamentais e dos times.
É comum que em projetos de inovação sejam criados MVPs (leia mais sobre isso no tópico “Qual a diferença entre protótipo, MVP e prova de conceito?”). Nesse caso, é bom que sejam estabelecidos KRs na definição de um MVP, que serão mensurados nos testes. Isso se aplica em empresas estabelecidas. Em startups, deve-se definir OKRs somente após o MVP provar a hipótese de mercado (demonstrar market fit).
Os indicadores dos indivíduos devem ser orientados ao que é mais importante para a empresa.
Além desse problema, o próximo tópico lista outros erros comuns na aplicação de OKRs.
Erros comuns na aplicação dos OKRs
Esses erros foram retirados de Wodtke (2017) e Ribas (2021).
- esquecer que a aplicação dos OKRs exige uma mudança cultural
- o óbvio: definir KRs não mensuráveis
- criar um KR e não definir um responsável
- não priorizar os objetivos diante do dia-a-dia
- ficar somente nos OKRs trimestrais a esperar que eles sejam atingidos “por milagre”, ou seja, não controlar sua evolução (nos check-ins) após definir as iniciativas
- “empurrar” ou desdobrar os OKRs estratégicos de cima para baixo (top-down) sem o envolvimento das pessoas que devem ser responsáveis pelos seus OKRs. Lembre-se, os OKRs devem ser alinhados em um consenso entre os interessados
- não comunicar os OKRs de forma obsessiva, de tal forma que todos os dias as pessoas serão lembradas. Comunicar não significa que o outros entenderam
- não divulgar todos os OKRs com considerá-los confidenciais. O não conhecimento de um OKRs causa uma falta de engajamento
- como em inovação os times são formados por profissionais de diversas disciplinas, os KRs devem motivar todos eles e não somente um profissional de uma especialidade
- não definir um processo (ou já possuir um) que leve aos KRs.
- não ter tempo para aquilo que realmente interessa
- não monitorar mudanças no clima e motivação do time em alcançar os OKRs
- não aceitar as falhas iniciais e insistir, ou seja, desistir diante das primeiras dificuldades
- não conduzir momentos de controle constantes e produtivos (check-ins)
- deixar de comemorar e compartilhar a semana trabalhada, mesmo que alguns OKRs não tenham sido atingidos, pois quando eles são desafiadores, existe uma chance de não se atingir plenamente os KRs definidos. Não se esqueça, todos aprenderam muito na semana que passou
- fugir de conflitos produtivos, que sempre existirão (os OKRs os tornam visíveis)
- hesitar em definir OKRs por considerar que os indicadores atuais são suficientes
- perseguir somente os OKRs táticos sem conectar com os estratégicos
- tentar implantar em todas a empresa de uma vez ao invés de começar com um time (por exemplo)
Não confunda OKRs com atividades. Veja aqui OKRs que não servem de exemplo
- definir OKRs operacionais para a micro gestão
- associar ganhos financeiros a OKRs podem criar competição interna, individualismo, que destrói o trabalho colaborativo em times. Esse erro pode causar comportamentos disfuncionais e frustração
- definir OKRs que não podem ser atingidos
- definir muitos KRs, que não podem ser controlados. Que desejar medir tudo, não vai medir nada
- definir muitos OKRs para o trimestre
- definir poucos KRs, que não atendem aos objetivos e em uma organização sem a cultura de mensurar os resultados
- definir estratégias de alto nível sem métricas. Por mais que as pessoas dos outros níveis hierárquicos criem seus OKRs, os dirigentes podem dizer que a estratégia não foi atingida, pois não existem métricas para se provar. Esse erro leva a uma falta de engajamento das pessoas
- considerar que os primeiros OKRs definidos são ótimos. Eles precisam ser refinados e discutidos
- não compreender que os ciclos curtos de controle (trimestral, por exemplo), devem possibilitar o aprendizado, se a empresa inicia a utilizar OKRs
- não aceitar falhas, que são importantes para o aprendizado e para corrigir o rumo rapidamente
- estabelecer um KR do tipo “terminar o projeto na data D” (ou semelhantes). Isso não é um KR. É uma tarefa
- aplicar a metodologia de OKR porque a Google (e outras empresas de sucesso) utilizam
Ferramentas de apoio à gestão dos OKRs
Leia o tópico “Ferramentas para gestão da execução da estratégia” da seção “Estratégias, Objetivos e Indicadores”.
É gestão por objetivos (MOB)?
É comum haver esse questionamento, principalmente por pessoas que conhecem a gestão por objetivos (óbvio, não?). Neste post são apresentados os princípios e práticas da gestão (administração) por objetivos, que é uma prática dos anos 1960. No final, ele conclui que devemos usar o OKRs para realizar a gestão por objetivos.
Doerr (2018) afirma que a gestão por objetivos (MOB – management by objectives) foi a metodologia antecessora da OKRs.
Na tabela abaixo, é apresentada uma comparação da MOB com a OKRs da Intel.
Fonte: Doerr (2018)
Mais informações sobre MOB você encontra na wikipedia.
Deve-se associar remuneração com OKR?
A princípio não, como indicam as publicações consultadas, o que pode ser esclarecido no vídeo a seguir. Mas essa pergunta é bem polêmica.
Recomendamos inicialmente este vídeo, que discute a relação entre a motivação de pessoas e sua remuneração.
No entanto, há controvérsias, como discutido neste debate do youtube intitulado “como conciliar OKR com remuneração variável”
Por onde começar?
Comece com um escopo limitado e controlável, por exemplo, um time. Depois expanda aos poucos para o resto da empresa.
Nas informações adicionais indicamos fontes de acesso livre e publicações para um aprofundamento sobre OKR. Nessas fontes estão descritos o passo a passo para se implementar OKRs na sua empresa.
Informações adicionais
No tópico “metodologias de execução de estratégias” do capítulo “estratégias e objetivos de inovação” mostramos outras metodologias e a comparamos com a OKR.
As seguintes fontes foram avaliadas por nós.
Blog do Thomaz Ribas (em português)
Esse blog é focado em OKRs. Tem um link para baixar gratuitamente um ebook sobre OKR, citado em referências (Ribas, 2021).
Blog do rockcontent (em português)
Site vida de produto – em português
https://vidadeproduto.com.br/okr/
Este site traz uma descrição bem didática dos OKRs. Dividida em:
Wikipédia em português
https://pt.wikipedia.org/wiki/OKR
Consideramos que em 17/11/2021 o conteúdo da Wikipédia é mais limitado do que o anterior. Mas pode ser que ele evolua com o tempo.
Site da weekdone
https://weekdone.com/resources/objectives-key-results
Weekdone é uma das ferramentas de gestão de OKRs. Eles oferecem um conteúdo de qualidade sobre a metodologia OKR, que citamos em alguns pontos desta seção.
wikipedia em inglês
https://en.wikipedia.org/wiki/OKR
O verbete da wikipedia em inglês também é limitado (visitado em 17/11/2021). Os únicos tópicos interessantes são:
- best practices
- similar frameworks
livro da Christina Wodtke (2017)
Mais da metade do livro descreve um caso ficticio de uma startup, que aprende a usar os OKRs, mas não antes de passar por vários problemas nas tentativas de aplicar essa metodologia. Ela é uma OKR coach.
livro da Andressa Chiara (2020)
É um livro bem curto, publicado por ela na Amazon. Esse livro traz dicas de uso dos OKRs, baseadas na experiência da autora em consultoria. Ela é colaboradora do blog knowledge21, no qual ela escreveu dois posts que usamos nesta seção(veja a seguir).
Posts sobre OKR do blog knowledge21
Neste post, é feita uma introdução sobre a “transformação ágil com OKRs”
Neste post, são apresentadas “as 10 principais disfunções dos OKRs”. Este post foi consultado para a edição de parte do tópico “erros comuns na aplicação dos OKRs”. No post você pode ler com maiores detalhes alguns dos erros listados.
livro do John Doerr (2018)
Esse livro é inteiramente dedicado a descrições detalhadas de casos, com relatos sobre a criação da metodologia OKR. Dos casos são retirados insights sobre a aplicação de OKRs. É bem detalhado e contém anexos interessantes sobre OKRs. Um destaque é o playbook de OKR da Google, que apresenta dicas e “regras” definidas na empresa relacionadas com OKRs.
livro de Niven e Lamorte (2016)
É um livro bem estruturado, que apresenta com detalhes como implementar essa metodologia nas empresas. O último capítulo traz estudos de casos bem profundos sobre OKRs.
fim desta seção – retornar para o mapa da sua trilha ou para o sumário >
Referências
Chiara, Andressa (2020). OKRs and Business Strategy for Transformation: A short guide for best practices. Amazon
Doerr, J. (2018). Measure what matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation rock the world with OKRs. Penguin.
Nappi, V. (2014). Framework para desenvolver um sistema de medição de desempenho para PLM (Product Lifecycle Management) com indicadores de sustentabilidade. Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. doi:10.11606/D.18.2014.tde-23062014-091227. Recuperado em 2021-11-17, de www.teses.usp.br
Niven, P. R., & Lamorte, B. (2016). Objectives and key results: Driving focus, alignment, and engagement with OKRs. John Wiley & Sons.
Ribas, Thomaz (2021). OKR: o guia completo de implantação para a sua empresa. Publicação própria e-book
Wodtke, C. R. (2017). Radical focus: Achieving your most important goals with objectives and key results. Boxes and Arrows.
Gostaria de contribuir com casos, exemplos, críticas, revisão ou dicas? Escreva para [email protected]. Assim, você se tornará um colaborador da flexM4I e seu nome irá aparecer no cabeçalho desta seção e no “quem somos nós”.