Estratégia MTS - Make-to-Stock
Inclui a estratégia MTM – make-to-market
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Autoria: Henrique Rozenfeld ([email protected]) com apoio do chatGPT (leia mais)
Esta seção é um detalhamento da seção “Estratégias de atendimento de pedidos de clientes”.
Introdução
Esta seção discute a estratégia de atendimento de pedidos conhecida como Make-to-Stock (MTS), que é frequentemente traduzida para o português como produção para estoque. Em outras palavras, nesta estratégia não se espera a entrada de um pedido de compra do cliente para se acionar a fabricação. Os prazos e as quantidades são definidas com base na previsão da demanda.
Na introdução da seção principal explicamos porque adotamos o termo “estratégia de atendimento de pedidos” ao invés de outros termos usualmente utilizados. |
Apresentamos nesta seção a definição da estratégia Make-to-Market (MTM), como uma variação da MTS, o que não é comum de se encontrar na literatura.
Uma premissa importante para a aplicação da estratégia de MTS é a empresa ser capaz de prever a demanda com “precisão”.
Um produto manufaturado é, geralmente, composto por vários itens, que variam no seu prazo de entrega (itens comprados), tempo de produção (itens fabricados) e valores. Por este motivo, é comum integrar a MTS com outras estratégias e, principalmente, com a estratégia de MTO. Temos uma seção específica que trata da integração MTS/MTO, que há muito tempo é um tema de estudo e de aplicação prática para integrar a fabricação orientada pela previsão de demanda (MTS) com a fabricação orientada pelos pedidos de compras dos clientes (MTO).
Posicionamento da estratégia MTS
A próxima figura ilustra a posição da estratégia MTS e a MTM em comparação com outras estratégias de atendimento de pedidos.
Figura 1244: exemplo típico de uma sequência de processos / atividades de uma cadeia de suprimentos e posicionamento do pedido do cliente nesta cadeia de acordo com diferentes estratégias de atendimento do pedido
(clique na figura para baixar o mapa de conteúdo correspondente com os links para todas as seções)
Conheça a seção principal das “estratégias de atendimento de pedidos”, que remete às outras estratégias ilustradas na figura acima. |
Ponto de desacoplamento do pedido do cliente (CODP)
Um conceito importante no contexto dessas estratégias de atendimento de pedidos é o ponto de desacoplamento do pedido, conhecido pelo acrônimo em inglês CODP (customer order decoupling point), ilustrado na próxima figura.
Figura 1248: ponto de desacoplamento do pedido do cliente (CODP) relacionado com as estratégias de atendimento do pedido do cliente
Fonte: adaptado de Harfeldt-Berg, M. (2024)
(clique na figura para baixar o mapa de conteúdo correspondente com os links para todas as seções)
Segundo no nosso glossário (baseado em Hagfeldt-Berg, 2024), ...
... ponto de desacoplamento (CODP) é o ponto na cadeia de valor onde o fluxo de materiais movido por previsões se separa do fluxo movido por pedidos reais dos clientes.
Até o CODP, as operações são baseadas em previsões de demanda, com foco na eficiência e no planejamento antecipado.
A partir do CODP, as operações são direcionadas por pedidos específicos dos clientes, priorizando flexibilidade e capacidade de resposta.
Essa distinção entre operações upstream (baseadas em previsão) e downstream (baseadas em pedidos) tem implicações estratégicas significativas para a gestão da cadeia de suprimentos, influenciando decisões sobre estoque, produção sob encomenda, customização em massa, design modular e práticas de sustentabilidade
Definições das estratégias MTS e MTM
Segundo Peeters & van Ooijen, 2020), na estratégia de atendimento do pedido de cliente Make-to-Stock (MTS):
- a demanda dos clientes é atendida com produtos acabados que são mantidos em estoque,
- o estoque é gerenciado de acordo com uma política de reposição que periodicamente encomenda a reposição até um nível predeterminado.
Como a produção segue uma política de reposição em vez de responder diretamente à demanda, os sistemas MTS são também conhecidos como sistemas de “empurrar”. Eles são caracterizados por curtos tempos de entrega, altos custos de armazenamento e flexibilidade limitada em relação à customização, ou seja, os produtos são padronizados.
A estratégia MTS produz com base na previsão da demanda antes da entrada de um pedido de compra dos clientes. Geralmente os produtos são padronizados e, portanto, sem customização. Uma previsão da demanda imprecisa e, portanto, não assertiva, pode resultar em estoque elevado de produtos acabados.
Make-to-Market (MTM)
Não é usual empregar este termo no contexto da manufatura. A estratégia MTM possui as mesmas características que a estratégia MTS, ou seja (Neumann & Scalice, 2015):
- é produzido com base na previsão de demanda, sem aguardar a entrada de um pedido
- são padronizados e, portanto, não customizados
A única diferença é que não se cria estoque para esses produtos. Nessa estratégia os produtos são entregues ao consumidores:
- durante a sua produção, como no caso de programas de TV, rádio, videos lives, podcasts ou
- logo após a sua produção, como no caso dos jornais e revistas para assinantes, vídeos e podcasts que ficam armazenados em diversas plataformas na web, web sites e similares.
Quando utilizar a estratégia MTS?
- Demanda previsível e estável: A estratégia MTS é adequada quando a demanda do produto final é previsível e estável ao longo do tempo. Produtos de consumo em massa, como alimentos embalados, produtos de higiene pessoal e roupas básicas, frequentemente utilizam essa abordagem para garantir disponibilidade contínua nas prateleiras, minimizando rupturas de estoque e aproveitando economias de escala.
- Produtos com alta rotatividade: A MTS é ideal para produtos que têm uma alta rotatividade e ciclos de venda regulares, onde a velocidade de atendimento é crítica. Por exemplo, bebidas, produtos de limpeza e itens essenciais que precisam ser constantemente reabastecidos nos pontos de venda se beneficiam de um sistema que permite rápido atendimento à demanda.
- Ciclos de produção longos ou custo alto para set-ups frequentes: Quando a produção de um item envolve tempos de setup longos ou custos elevados para iniciar o processo, a estratégia MTS permite produzir em grandes lotes para maximizar a eficiência e reduzir custos por unidade. Indústrias como a automotiva e de eletrodomésticos muitas vezes produzem peças padronizadas em grandes volumes para aproveitar essa vantagem.
Veja, essas peças são produzidas com a estratégia MTS para estoque. Um fabricante de automóveis combina outras estratégias para outros itens do automóvel, como mostramos no exemplo da indústria automotiva na seção principal sobre “Estratégias de atendimento de pedidos de clientes”. |
- Produtos padronizados sem necessidade de customização: A estratégia MTS é apropriada para produtos que não requerem customização ou adaptação às preferências específicas do cliente. Produtos como lâmpadas, baterias e materiais de construção são fabricados de forma padronizada e em grandes quantidades para atender a uma demanda generalizada.
- Necessidade de pronta entrega: Quando a estratégia de mercado exige que o produto esteja prontamente disponível para o cliente, como em lojas de varejo, a estratégia MTS é a escolha certa. Isso permite que as empresas mantenham estoques prontos para serem despachados rapidamente, garantindo tempos de entrega curtos e aumentando a satisfação do cliente.
Processo de aplicação da estratégia MTS
As atividades listadas em seguida são genéricas e baseadas nas referências listadas no final desta seção. Elas devem ser adaptadas à realidade das empresas. Ainda mais quando mais estratégias de atendimento do pedido dos clientes forem aplicadas de forma integrada.
- Previsão de demanda: O processo começa com a previsão de demanda. Esta previsão se baseia em dados históricos, padrões sazonais e outras variáveis de mercado que ajudam a estimar a quantidade de produtos a ser produzida para estocar. A precisão desta previsão é fundamental para evitar superprodução ou falta de estoque.
- Planejamento de capacidade: Com base nas previsões, a empresa realiza o planejamento de capacidade, determinando os volumes de produção para atender à demanda estimada. Esta etapa envolve definir os recursos necessários, como máquinas, mão de obra e matérias-primas, e coordenar as operações para garantir que a produção possa ser realizada de forma eficiente .
- Planejamento dos tipos de manufatura: A produção MTS pode adotar diferentes tipos de manufatura, como produção em lotes (batch) ou produção contínua, dependendo da demanda e características dos produtos. O processo envolve escolher o tipo de manufatura que melhor otimiza a eficiência, minimiza custos de setup e maximiza o uso dos recursos disponíveis. A decisão sobre o tipo de manufatura é baseada na análise da demanda projetada, volume necessário e a natureza dos produtos, buscando equilibrar a produção eficiente com a demanda do mercado.
- Execução da produção: Nesta fase, a produção ocorre de acordo com o planejamento estabelecido, seja em lotes, de forma contínua ou em outro tipo de manufatura. Os produtos são fabricados e armazenados como estoque de produtos acabados. A eficiência na execução é monitorada para ajustar quaisquer discrepâncias no planejamento, garantindo que os produtos estejam prontos para atender à demanda projetada, independentemente do tipo de manufatura utilizado.
- Gestão de estoque: Após a produção, os produtos são armazenados como estoque pronto para atender aos pedidos dos clientes rapidamente. A gestão de estoque inclui o monitoramento contínuo dos níveis de produtos, ajustando a produção conforme necessário para evitar excesso ou falta de estoque, especialmente em produtos de alta rotatividade.
- Distribuição e logística: A distribuição dos produtos para os canais de vendas é coordenada para garantir a pronta entrega e atender às necessidades dos clientes. Neste estágio procuramos manter níveis adequados de disponibilidade no varejo e, assim, garantir que o estoque produzido seja efetivamente vendido.
- Revisão e ajuste contínuos: Com base nos resultados de vendas e feedback do mercado, a empresa revisa periodicamente suas previsões, planos de produção e estratégias de estoque. Esse ajuste contínuo não apenas melhora a precisão das previsões, mas também permite a adaptação da estratégia de atendimento, integrando MTS com outras abordagens, como MTO (Make-to-Order) ou ATO (Assemble-to-Order). Assim, a empresa pode decidir manter certos itens sob MTS para pronta entrega, enquanto outros produtos são fabricados sob demanda ou montados de acordo com pedidos específicos, conforme a variação da demanda real.
Premissas, cuidados, dicas e melhores práticas
Premissas:
- Previsibilidade da demanda: A estratégia MTS é mais eficaz em cenários onde a demanda por produtos é previsível e estável, permitindo que a produção seja planejada de forma eficiente para evitar excesso ou falta de estoque.
- Economias de escala: A MTS assume que a produção em grandes volumes possibilita a redução de custos, especialmente em indústrias onde a capacidade de produção é um recurso caro e deve ser maximizado.
Cuidados:
- Custo de manutenção de estoque: Um dos principais desafios do MTS é o custo associado ao armazenamento de produtos acabados. É necessário equilibrar o nível de estoque para minimizar custos sem comprometer a capacidade de atender à demanda.
- Obsolescência e perecibilidade: Em setores como alimentos e produtos eletrônicos, onde a obsolescência e a perecibilidade são fatores importantes, manter altos níveis de estoque pode resultar em perdas significativas.
- Sincronização com a cadeia de suprimentos: A gestão do estoque precisa estar bem alinhada com a cadeia de suprimentos para garantir que os insumos estejam disponíveis e que não haja interrupções na produção.
- Tempo de ciclo e setup: Empresas que adotam MTS precisam considerar tempos de setup e limpeza entre diferentes tipos de produtos, o que pode afetar a eficiência da produção, especialmente se a variedade de produtos for alta.
Dicas:
- Implementação de ciclos de produção flexíveis: Adaptar os ciclos de produção conforme as variações sazonais da demanda pode ajudar a evitar o excesso de estoque em períodos de baixa demanda e a atender rapidamente picos de consumo.
- Uso de ferramentas de previsão avançadas: Investir em tecnologias de previsão e análise de dados para aprimorar a precisão das previsões de demanda pode reduzir a necessidade de ajustes de última hora e custos associados.
- Agrupamento de produtos: Criar famílias de produtos que possam ser produzidos de forma consecutiva, minimizando o tempo de setup entre mudanças de linha, pode melhorar a eficiência operacional. Uma família de produtos pode conter itens comuns a vários produtos que podem ser produzidos para estoque, já que há maior probabilidade de eles sempre serem utilizados. Neste caso, pode-se considerar associar associar a estratégia MTS com a ATO (Assemble-to-Order), permitindo que os componentes sejam estocados e, posteriormente, montados conforme a demanda específica do cliente.
Melhores Práticas:
- Políticas de estoque baseadas em segmentação: Empresas que produzem tanto itens de alta rotatividade quanto produtos de baixa demanda podem se beneficiar ao aplicar diferentes estratégias de estoque para cada grupo de produtos.
- Análise contínua de desempenho: Implementar um processo de revisão contínua para ajustar os planos de produção com base no desempenho real de vendas e no feedback do mercado, mantendo a operação ágil e responsiva às mudanças.
- Capacidade de ajuste rápido: Preparar a linha de produção para ajustar rapidamente o mix de produtos, permitindo alternar entre MTS e MTO conforme necessário para otimizar a utilização dos recursos e responder a flutuações de mercado.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens da estratégia MTS:
- Redução de tempos de entrega (lead time): Como os produtos são fabricados e mantidos em estoque, eles estão prontos para atender rapidamente à demanda do cliente, resultando em tempos de entrega mais curtos. Isso é particularmente vantajoso para produtos de alta rotatividade e demanda previsível.
- Economias de escala: A produção em grandes lotes permite aproveitar economias de escala, reduzindo custos unitários. A estratégia MTS é eficiente para produtos que possuem uma demanda constante e previsível, otimizando o uso de capacidade e minimizando custos por meio da produção em massa.
- Planejamento e previsão simplificados e previsíveis: A natureza previsível e padronizada da estratégia MTS facilita o planejamento de produção, pois as decisões são baseadas em previsões de demanda histórica. Isso permite uma melhor gestão de recursos e inventário. Produção e distribuição são mais facilmente programadas, evitando interrupções.
- Capacidade de atender picos de demanda: O MTS permite que empresas mantenham estoque suficiente para lidar com aumentos inesperados na demanda sem precisar acelerar o processo de produção, o que poderia ser mais caro e menos eficiente.
- Uso eficiente de recursos: A produção é planejada com antecedência, permitindo otimização do uso de materiais e mão de obra.
Desvantagens da estratégia MTS:
- Risco de previsões imprecisas: A falta de previsão de demanda precisa pode resultar em excesso ou falta de estoque. As consequências da previsão imprecisa resultam nos riscos listados a seguir.
- Custo de manutenção de estoque: Uma das principais desvantagens da estratégia MTS é o custo associado ao armazenamento de grandes quantidades de produtos acabados. Isso inclui custos de espaço, segurança, e gerenciamento de inventário, além do risco de obsolescência dos produtos.
- Risco de superprodução e desperdício: Se as previsões de demanda não forem precisas, há o risco de superprodução, resultando em excesso de estoque que pode levar ao desperdício, especialmente em produtos com vida útil limitada.
- Menor flexibilidade para customização: A estratégia MTS é menos adequada para produtos que precisam ser personalizados conforme as especificações do cliente, já que os produtos são fabricados antecipadamente com base em especificações padronizadas. Isso limita a capacidade de atender a demandas de customização.
- Risco de não acompanhar as mudanças nas preferências do consumidor: Produtos estocados podem se tornar desatualizados caso as tendências de mercado mudem rapidamente. A produção antecipada limita a adaptação a novas tendências de mercado.
Integração MTS / MTO
Este tópico é recomendado somente para as pessoas interessadas no nível de detalhamento avançado.
A integração MTS/MTO e mesmo inserindo neste contexto a estratégia CTO, que pode vir antes das duas estratégias anteriores (vide figura 1244 do tópico “Posicionamento da estratégia MTS”) resume-se ao conceito de “onde colocar o CODP” (ponto de desacoplamento do pedido do cliente). E a decisão de onde colocar o CODP é definir onde termina a produção baseada em previsão e começa a produção sob encomenda. As empresas precisam considerar fatores como capacidade, previsibilidade da demanda, custo de manter estoques e o grau de customização necessário para decidir se determinados produtos serão finalizados sob demanda (MTO) ou mantidos prontos para atender pedidos rápidos (MTS).
Onde colocar o CODP (ponto de desacoplamento do pedido do cliente)?
Se o CODP estiver mais próximo do final do processo (por exemplo, na etapa de montagem ou após a montagem), a produção anterior é baseada em previsões. Isso resulta em menor flexibilidade e customização, pois grande parte do produto já está pronta antes do pedido do cliente. Essa abordagem é típica de sistemas MTS (Make-to-Stock), onde o objetivo é atender rapidamente a demanda com produtos já estocados.
Quando o CODP estiver mais próximo do início do processo (por exemplo, na fabricação de componentes ou na compra de materiais), tudo é regido pelo pedido do cliente. Isso proporciona uma maior flexibilidade e possibilidade de customização, como vemos no caso de sistemas MTO (Make-to-Order) e ETO (Engineer-to-Order), onde cada pedido é feito sob medida e com base em especificações do cliente.
A integração MTS/MTO combina as características dessas duas estratégias em um sistema híbrido.
A decisão sobre onde colocar o CODP pode ser complexa, pois envolve um equilíbrio entre reduzir tempos de entrega e gerenciar custos de estoque e produção.
Por exemplo, van Donk (2001) menciona que mudanças no posicionamento do CODP podem ser necessárias para equilibrar as demandas de confiabilidade de entrega e variabilidade da produção e das matérias-primas, como ocorre na indústria de alimentos.
É uma decisão estratégica
De acordo com Soman, Van Donk & Gaalman (2004), a decisão sobre a estratégia MTS ou MTO deve considerar fatores como tempos de preparação, setup e características de produtos e mercado, o que afeta diretamente a eficiência do uso de capacidade.
Essa decisão estratégica e o posicionamento do CODP busca otimizar o uso de recursos, ajustando a produção a partir de uma combinação de previsões e pedidos efetivos, conforme a capacidade disponível e o tempo que o cliente aceita esperar para receber o produto do seu pedido.
O tempo de espera do cliente deve ser considerado como um critério-chave na definição da estratégia de atendimento do pedido, influenciando onde o CODP é posicionado e como a empresa atende diferentes tipos de demandas.
Diferentes abordagens híbridas
Segundo Peeters, K., & van Ooijen, H. (2020), a integração entre MTS (Make-to-Stock) e MTO (Make-to-Order) pode ser caracterizada por diferentes abordagens híbridas:
- Sistema Híbrido Sequencial
- Sistema Híbrido Paralelo
- Sistema Híbrido Flutuante
Sistema Híbrido Sequencial
Neste caso, a produção de um único produto envolve etapas MTS e MTO em sequência. A transição entre MTS e MTO ocorre no “ponto de desacoplamento da ordem do cliente” (CODP). Esse ponto define onde o produto passa a ser vinculado a uma ordem específica do cliente, permitindo que as primeiras etapas sejam baseadas em previsão (MTS) e as etapas finais sejam customizadas conforme a demanda específica (MTO).
Exemplos incluem linhas de produção onde componentes padronizados são estocados e, posteriormente, configurados ou finalizados conforme as especificações do cliente.
Este sistema híbrido gerencia recursos de produção compartilhados para realizar tanto etapas relacionadas com a estratégia MTS quanto MTO simultaneamente. Isso permite que diferentes produtos sejam produzidos com estratégias distintas no mesmo equipamento.
Por exemplo, uma máquina pode ser utilizada para fabricar produtos padrão (MTS) e, ao mesmo tempo, atender pedidos específicos (MTO). A prioridade entre ordens MTS e MTO é determinada conforme a demanda e a capacidade disponível, resultando em uma gestão mais flexível e adaptável.
Sistema Híbrido Paralelo
Nesta abordagem, uma mesma instalação de produção pode realizar tanto operações da estratégia MTS quanto da MTO simultaneamente, mas em paralelo. Um recurso de produção (como uma máquina ou linha) é usado para atender tanto a produção baseada em previsão (MTS) quanto a produção sob encomenda (MTO).
A gestão desse sistema envolve definir prioridades e alocar capacidade para os diferentes tipos de produtos, equilibrando a eficiência de manter estoques prontos e a flexibilidade de atender pedidos específicos dos clientes. É uma forma de otimizar o uso de recursos e adaptar-se a demandas variadas, usando o mesmo equipamento para produtos de alta demanda (MTS) e produtos personalizados (MTO) ao mesmo tempo.
Sistema Híbrido Flutuante
Esta abordagem permite que o CODP (ponto de desacoplamento do pedido do cliente) seja flexível e “flutuante” ao longo do processo de produção, ajustando-se conforme a estratégia de controle de produção. Em vez de ter um ponto fixo, o sistema permite que o CODP se mova de acordo com as necessidades e condições operacionais.
A produção pode começar com base na estratégia MTS e, conforme os pedidos específicos dos clientes são recebidos, o ponto de transição para a estratégia MTO se ajusta dinamicamente. Isso oferece uma forma mais adaptável de gerenciar a produção, permitindo ajustar a proporção entre itens prontos para estoque e itens que serão customizados conforme a demanda.
Métodos, ferramentas e exemplos
Os métodos, ferramentas e exemplos estão na seção principal sobre estratégias de atendimento de pedidos dos clientes, porque muitos deles são aplicados em mais de uma estratégia.
Vá para o tópico desejado na seção principal onde indicamos para quais estratégias os métodos, ferramentas e exemplos são indicados:
Apoio do chatGPT
As referências citadas no próximo tópico foram estudadas e trechos delas foram combinados e alimentados no chatGPT para resumir, combinar, tirar redundâncias e traduzir. Dessa forma foi criada a versão inicial da versão desta seção. A partir deste ponto, foram realizadas mais de 100 iterações durante alguns dias, quando novos trechos foram alimentados e “discussões” com o autor humano foram realizadas para se chegar a um consenso, aprovado pelo autor.
Essas diversas versões foram então revisadas e reformuladas, quando necessário, para chegar na versão final que foi publicada. Em seguida essa versão foi revisada por um especialista.
Referências
Essas são as referências utilizadas para a construção de todas as seções relacionadas com as estratégias de atendimento de pedidos dos clientes. Por este motivo, elas são listadas em todas as seções. No entanto, uma seção específica não necessariamente foi baseada em todas as referências.
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