Formalização de processos “engessa” a empresa e vai contra a inovação?

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Autoria: Henrique Rozenfeld ([email protected])

Essa é uma questão frequente de quem lida com a gestão da inovação. Nesta seção discutimos essa questão e indicamos outras seções da flexM4i para você refletir e concluir quando e se a formalização de processos vai contra a gestão da inovação.

Formalização de processos “engessa” a empresa e vai contra a inovação?

A prática de se incorporar agilidade nos processos das organizações pode parecer contrária a se adotar o formalismo de processos de negócios relacionados com a inovação. Sim, é verdade, caso você adote o paradigma “antigo” da gestão de processos.

Quando necessitamos de governança dos processos para evitar falhas e fraudes, a gestão de processos é importante. Mas, ela é necessária nos processos contínuos operacionais que sejam repetitivos. Prescrever todas as atividades, que devem ser rigorosamente seguidas, realmente limita a inovação. Porém, não vamos generalizar. Temos sempre de pensar de acordo com a teoria da contingência e pensar nos fatores contextuais.

Nas fases iniciais da inovação precisamos do formalismo dos processos somente para definir grandes marcos a serem atingidos.

Há controvérsias sobre esta última afirmação.
Leia mais sobre isso no tópico “Processo formalizado limita a criatividade” dentro da seção sobre o “Processo de discovery”, quando discutimos se o discovery deve ser considerado um processo ou não.
O discovery ocorre nas fases iniciais da inovação.

Nas fases iniciais a criatividade e a improvisação devem imperar, principalmente em inovações mais radicais e disruptivas

Conforme avançamos para fases de detalhamento, você deve manter a disciplina e seguir o rigor no processo, pois é o momento no qual testes de confiabilidade são realizados, as soluções recebem a aprovação e a certificação de órgãos reguladores e as especificações finais são obtidas, as quais podem definir o comportamento da solução final.

Lógico que isso depende do setor, tecnologia e objeto da inovação.

Por exemplo, 

  • no setor de fármacos, o processo pode ser flexível no momento de propor uma formulação inicial para curar uma doença. Mas há pouca margem de manobra nas fases de testes clínicos, quando a empresa tem de seguir protocolos definidos pelas agências reguladoras.
  • o desenvolvimento de um aplicativo (App) de celular, para uma função não crítica, permite que você seja mais ágil e já coloque um MVP (produto mínimo viável) no ar para ser testado por seus clientes em potencial sem seguir muitos formalismos de um processo.
Complemente seu entendimento sobre se a formalização de processos “engessa” a empresa ao ler a seção “Funil de inovação ainda é válido?” e chegue a uma conclusão.
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