Isomorfismo institucional é um conceito da teoria institucional que descreve o processo pelo qual organizações se tornam cada vez mais parecidas entre si ao longo do tempo, não por necessidade técnica ou de eficiência, mas em resposta a pressões institucionais externas (DiMaggio & Powell, )1983.
Esses autores identificaram três mecanismos principais que levam ao isomorfismo:
- Isomorfismo coercitivo – ocorre quando as organizações são pressionadas por leis, regulações ou expectativas normativas de governos, investidores ou outras instituições externas. Exemplo: adoção de práticas ESG por pressão de fundos de investimento.
- Isomorfismo mimético – surge em contextos de incerteza, quando as organizações copiam outras consideradas bem-sucedidas, mesmo sem entender completamente suas práticas. Exemplo: adotar o cargo de “Chief Innovation Officer” apenas porque empresas líderes o possuem.
- Isomorfismo normativo – resulta da profissionalização e da influência de comunidades técnicas e educacionais. Por exemplo, gestores formados nos mesmos MBAs tendem a adotar modelos de gestão semelhantes.
No contexto da governança e gestão da inovação, o risco do isomorfismo institucional está em adotar modelos normativos sem adaptação crítica ao contexto organizacional, o que pode levar à padronização sem diferencial competitivo. |
Dimaggio, P. J., & Powell, W. W. (2021). the Iron Cage Revisited: Institutional Isomorphism and Collective Rationality in Organizational Fields. The New Economic Sociology: A Reader, May, 111–134. https://doi.org/10.2307/2095101
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