A prática - Caso
Pay-per-LuxProduct Service System para iluminação
Resumo
PSS orientado a resultados desenvolvido pela Philips, na qual o cliente (empresa) contrata luminosidade por m^2. Portanto a Philips responsabiliza-se por toda a instalação e manutenção da luz ambiente, levando-a a priorizar luz natural e otimizar o layout de iluminação diminuindo seus gastos unitários em lâmpadas e luminárias, assim como o gasto com energia e consequentemente reduzindo o impacto ambiental.
Este é um caso que ilustra o modelo de negócio PSS (veja a seção sobre PSS).
Tipo de empresa: grande e estabelecida
Objetos de inovação: modelo de negócio
Grau de novidade: disruptiva
Estratégia: B2B
Setor: iluminação privada
Intro
A Empresa
Fundada em 1891, a Philips é uma empresa neerlandesa do setor eletrônico e tecnológico, que com o passar dos anos foi expandindo progressivamente sua linha de produtos, abrangendo diversas áreas, atualmente tendo produtos que vão desde faróis para veículos até extratores de leite elétricos.
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Por que conhecer este caso?
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Este serviço inovador desenvolvido pela Philips expressa um alinhamento com tendências mundiais, apresentando-se como uma solução ecologicamente correta, principalmente por romper com o ciclo de vida finito geralmente observado nos produtos atuais, onde eles são utilizados, trocados e descartados. O serviço da Philips incentiva a utilização de produtos mais duráveis e econômicos, possibilitando a circularidade das matérias primas utilizadas.
Problema
O modelo produtivo de diversas empresas manufatureiras atuais apresentam diversas falhas, tornando-se insustentáveis a longo prazo. A principal fonte de receita de tais empresas é a venda unitária de seus produtos, o que estimula padrões consumistas de curto ciclo de vida, proporcionando o retorno dos clientes, os quais regularmente teriam que comprar produtos novos, como no exemplo abordado novas lâmpadas e luminárias, onde quanto mais produtos um cliente comprar, melhor para a empresa.
Ações
O que viria a tornar-se o PSS Pay-per-lux foi imaginado em uma conversa entre o CEO da Philips Frans van Houten e o visionário de economias circulares Thomas Rau, o qual disse
‘’Eu disse a Philips,’Olhe, eu preciso de tantas horas de luz em minhas instalações anualmente. Se você achar que eu preciso de uma lâmpada, eletricidade ou seja o que for – está tudo bem. Mas eu não quero ter nada a ver com isso, não estou interessado no produto, e sim na performance. Quero comprar a iluminação e nada mais.’’
Solução
A partir da ideia proposta, foi desenvolvido o Pay-per-lux, onde clientes pagam pela quantidade de iluminação que irão necessitar, e a Philips responsabiliza-se por tudo relacionado com esta iluminação, como o design, equipamentos, instalações, manutenção e eventuais upgrades. Daí vem o nome do serviço, dado que o cliente estará pagando apenas pela iluminação (Lux = nível de iluminância), o que incentiva a Philips a utilizar os melhores equipamentos possíveis, em uma disposição de layout que utilize ao máximo a luz natural e ambiente, prezando pela longevidade, qualidade da iluminação e economia de energia da instalação. Dentre seus atuais clientes, destacam-se o sistema de Metrô de Washington e a União Nacional de Estudantes do Reino Unido,que obtiveram um plano de luz minimalista, o qual priorizava a utilização da luz ambiente natural combinada/ complementada por iluminação artificial.
Sustentabilidade
O sistema mencionado proporciona uma abordagem diferenciada para a iluminação, na qual o foco principal é a longevidade e economia da instalação. Assim sendo, é priorizada a utilização do máximo de luz natural possível, em detrimento do uso excessivo de luz artificial. Portanto, no fim, o consumo de energia acaba sendo menor, assim como reduz também a utilização desnecessária de lâmpadas e luminárias, reduzindo impactos ambientais.