Definição do escopo geral do projeto – desafio do projeto

Cena: A Ultras já adota práticas de gestão híbrida de projetos (combinação da gestão preditiva – tradicional com a gestão adaptativa – ágil) e utiliza alguns processos de desenvolvimento de soluções.

Onde começar o projeto – já construir o MVP (protótipo da oferta) ou entender melhor o mercado antes?

Luiza Daliga abre a discussão sobre o assunto e pede opiniões aos membros do time. Antônio Passos (engenharia) sugere que eles partam para a construção de um protótipo do novo negócio (PSS), de acordo com os princípios do lean startup. Ou seja, primeiro montar um MVP (protótipo) baseado na ideia e, em seguida, testar no mercado. Ele justifica que assim eles serão mais ágeis, uma vez que o produto já existe e eles já tomaram a decisão de ofertá-lo como serviço.

— O importante é testar o modelo de negócio — enfatiza Antônio Passos.

Já Decio Dezaine (engenharia) argumentou que eles deveriam ter certeza de quais são as dores do público alvo para não desperdiçar recursos.

Após uma discussão, o time resolveu adotar uma solução de compromisso. De um lado, eles iriam aplicar alguns métodos e ferramentas de design thinking para entender o cliente e outros stakeholders antes de montar o protótipo, afinal, podem surgir novas ideias. Por outro lado, a fase inicial de entendimento deveria ser rápida, pois eles não teriam tempo de fazer um trabalho demorado, mesmo porque eles já conhecem o mercado devido ao acompanhamento por meio dos processos de rastrear, monitorar e analisar o contexto.

A fase de entendimento teria de ser realizada em três semanas. Todos concordaram que seria um período que não comprometeria o time-to-market (tempo de lançamento da nova oferta).

Consultoria de mercado e fast track de compras

Definido o escopo, eles concluíram que teriam de adicionar ao time o Ed Marcatex (mercado), porque ele está acostumado a realizar atividades de entendimento de cliente e conhece consultorias que apoiam a realização de tais atividades.

Luiza Daliga (coordenadora do projeto) ligou para o Itomi Xeque (compras) e solicitou a contratação de uma consultoria para entendimento de mercado, que deveria seguir o fast track e não os trâmites normais e demorados de compras. Ao mesmo tempo, ela conversou com Marta Marquete (D. marketing e sponsor do projeto) e Salim Barganha (D. comercial) para que conversassem com Itomi Xeque (compras) sobre a prioridade deste projeto.

Definição do desafio e visão do projeto

Como este projeto foi priorizado na gestão de portfólio e vem sendo definido desde o planejamento estratégico, a visão de mudança e visão do projeto definidas já representam o desafio.  

Comentários:

• O escopo do produto (do projeto) é semelhante à visão da mudança e visão de projeto
• O escopo do projeto representa o que deve ser feito para se atingir o escopo do produto. Na gestão ágil o escopo do projeto vai sendo construído a cada iteração (sprint). Essa é a razão pela qual denominamos “escopo geral”
• Apesar do termo escopo remeter às práticas tradicionais de gestão de projetos, nesta atividade é definido o que deve ser realizado para se atingir a visão da mudança e visão de projeto, ou seja, o “escopo geral” entre duas opções: 1) já vamos começar construindo um protótipo a partir da ideia da servitização ou 2) vamos antes entender o cliente e incluir características ao projeto de servitização para então construir um protótipo

Duração: esta atividade começa no planejamento de portfólio e se estende até a reunião inicial do projeto – Linha do tempo

Atores:

• Time do projeto de servitização: Luiza Daliga (engenharia – coordenadora do projeto), Ed Marcatex (mercado), Alceu Dispor (assistência técnica), Antônio Passos (engenharia), Décio Dezaine (engenharia), Rolando Grana (controladoria), Digi Taliza (informática), Vando Tudor (vendas)
• Itomi Xeque (compras)
• Consultoria de entendimento de mercado

Práticas:

• Design Thinking

• Lean Startup

• Fast track

Processos de rastrear, monitorar e analisar o contexto